Sexta-feira, 16 de Maio de 2025

POLÍTICA Segunda-feira, 21 de Junho de 2021, 12:23 - A | A

Segunda-feira, 21 de Junho de 2021, 12h:23 - A | A

ELEIÇÕES 2022

Líder do governo na AL defende manutenção de Pivetta em 2022; 'depende só dele'

Rafael Martins / O Bom da Notícia

Líder do Governo na Assembleia, deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (DEM), saiu em defesa da manutenção de Otaviano Pivetta (sem partido), como vice do governador Mauro Mendes (DEM), em eventual disputa pela reeleição do Chefe do Executivo estadual, em 2022.

Atualmente, o posto começou a ser disputado pelos partidos aliados e um nome que começou a se destacar foi o ex-senador Cidinho Santos, que migrou para o PSL, colocando o partido na base do Governo. Ele, aliás, foi coordenador da campanha vitoriosa de Mendes ao Governo em 2018. 

Apesar de elogiar o nome do aliado, Dilmar diz que acredita que em “time que está ganhando não se mexe” e que a continuidade da parceria entre Mendes e Pivetta depende mais, no momento, da disposição do vice-governador para seguir no cargo.

Apesar de elogiar o nome do aliado, Dilmar diz que acredita que em “time que está ganhando não se mexe” e que a continuidade da parceria entre Mendes e Pivetta depende mais, no momento, da disposição do vice-governador para seguir no cargo.

“O Estado de Mato Grosso tem dois grandes gestores: Mauro Mendes e Otaviano Pivetta. Eu defendo os dois. A eleição de 2022 será posta na mesa novamente, porque estamos falando de composições partidárias, onde você agrega partidos para fazer parte da majoritária [...] Mas defendo que um bom nome para vice hoje é Otaviano Pivetta. Agora, depende todo de um processo dele. Nós vamos defender, porque time bom continua. Agora, depende muito do Otaviano [...] Hoje já temos 13 pré-candidatos a deputados federais e 35 nomes, em todo o Estado, para deputado estadual”, disse o deputado

Dilmar, que teve seu nome já defendido por correligionários com boas chances para concorrer a deputado federal, afirmou que o projeto não foi descartado, mesmo após se tornar alvo da Operação Rota Final, deflagrada pelo Ministério Público Estadual, por suposta participação em esquema de licitação do transporte intermunicipal.

“O apoio para ir a qualquer cargo está grande. Jayme [Campos], Júlio {campos], Fábio [Garcia], e o governador pensam que eu daria [um bom federal]. Eu sigo à disposição do partido”, disse.

Cidinho diz que não há negociação

Recentemente, em entrevista à uma rádio, na capital, Cidinho Santos se desvencilhou da disputa, ao apontar que levar o partido bolsonarista para o arco de alianças de Mendes, não significaria estar negociando sua posição como vice ou mesmo para uma disputa à Senatória. Ainda que tenha admitido - que como companheiro - ele estaria 'para o que der e vier', caso seu nome seja indicado em uma disputa.

Cidinho ainda lembrou que quando se decidiu pela filiação ao PSL, conversou com o gestor estadual sobre a mudança partidária e que ele[Mendes] entendeu que sua ida seria muito boa, para projetos futuros, com os pesselistas, em Mato Grosso, fazendo parte do seu arco de alianças. 

Ainda que estas discussões sejam 'imaturas', com muita 'água para rolar debaixo da ponte', levando em consideração, inclusive, a nomeação do presidente da legenda, Aécio Rodrigues que acabou de assumir o cargo de presidente do Escritório de Representação do Estado de Mato Grosso[Ermat], em Brasília. 

Mendes se cala 

O governador Mauro Mendes (DEM) chegou a celebrar a ida do PSL para o seu arco de alianças na última semana, mas se recusou de falar de eleições. À imprensa, Mendes afirmou que seguirá focado na gestão e que apenas irá comunicar a sua decisão – e a tratar de eleições ao Palácio Paiaguás – no primeiro semestre do próximo ano.

“Ter pessoas me apoiando é, no mínimo, o reconhecimento de que o Governo está indo bem. Muitos ali estavam na oposição ou neutros, mas têm percebido o quanto o governo tem trabalhado e as coisas mudaram para melhor em Mato Grosso”, afirmou.

Disputa por vice

A aproximação do PSL com a base de Mendes ocorreu após a filiação do empresário e ex-senador Cidinho Santos, entusiasta da gestão democrata. O nome do político, inclusive, começou a figurar como um possível nome a figurar como vice na chapa de Mendes em 2022.

A especulação teria gerado um desconforto dentro do próprio DEM, que passou a defender uma nova dobradinha com o atual vice, Otaviano Pivetta (sem partido), e com alguns partidos aliados como o MDB, que cobra uma participação maior na atual gestão.

Mendes, porém, afirmou que não está participando de diálogos dessa natureza, mas que acha natural as legendas iniciarem suas articulações e defesas.

“Os partidos têm o direito de fazer suas articulações e até mesmo seus pleitos, mas eu já disse que até abril de 2022 eu comunico oficialmente se termino meu mandato e volto para casa ou se me apresento novamente para continuar administrando Mato Grosso. Antes disso ninguém vai arrancar de mim o que farei em 2022”, concluiu.