Sexta-feira, 07 de Fevereiro de 2025

POLÍTICA Sábado, 09 de Março de 2024, 14:18 - A | A

Sábado, 09 de Março de 2024, 14h:18 - A | A

DIZ MENDES DE PINHEIRO

"Não conheço os elementos que afastaram o prefeito, mas sei que é uma gestão catastrófica"

Luciana Nunes/ O Bom da Notícia

À imprensa, nesta última sexta-feira (8), o governador Mauro Mendes (UB) lamentou a decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Ribeiro Dantas, que determinou o retorno do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) ao cargo, sob o argumento que o gestor realiza 'uma administração catastrófica na Capital'.

Pinheiro foi afastado do Alencastro no início desta semana pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, em decisão assinada pelo desembargador Luiz Ferreira da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Ao aceitar pedido do Ministério Público Estadual de que o prefeito supostamente estaria liderando uma organização criminosa que vem há anos desviando recursos da Saúde de Cuiabá.

“Olha, não conheço os elementos que levaram o afastamento e muito menos os que levaram a suspensão. Eu conheço um pouco a dura realidade que Cuiabá está submetida com essa gestão catastrófica. Uma gestão que não honra compromissos, passou por intervenção e os resultados são terríveis", disse.

A declaração de Mendes foi realizada em coletiva de imprensa na sede do União Brasil, no bairro Duque de Caxias, após o anúncio da Executiva Municipal do União Brasil de colocar no comando do diretório da sigla, em Cuiabá, a deputada Gisela Simona. Quando Mendes ainda fez questão de relembrar as inúmeras operações policiais ocorridas na gestão de Emanuel.

“Houve muitos escândalos de corrupção, a saúde passou até por uma Intervenção do Estado. Há poucos dias conversei com a equipe que monitora o pós-intervenção e os resultados são terríveis”, acrescentou.

O governador ainda lembrou que em decisão recente do Tribunal de Contas do Estado foi suspensa uma licitação feita pela prefeitura para tentar alugar, por R$ 92 milhões, lâmpadas de LED para cidade, quando se sabe que existem milhares de lâmpadas disponíveis através do Programa MT Iluminado, do Governo do Estado.

"Teve uma licitação que gastaria R$ 92 milhões para alugar lâmpadas de LED, na tentativa de roubar o dinheiro público. Se um bandido vai tentar assaltar um banco, e no meio do assalto chega a Polícia, usto significa que o bandido cometeu um crime ou não? Fica a pergunta no ar”, ainda complementou o governador.

Emanuel voltou ao cargo na noite da última quinta-feira(07), sob a justificativa do ministro Ribeiro Dantas, do "perigo de dano, uma vez que Emanuel foi eleito para o cargo de prefeito municipal, e a decisão do Tribunal de Justiça de MT seria uma restrição à soberania popular".  

Vale lembrar que esse foi o segundo afastamento de Emanuel, inclusive, pelo mesmo desembargador Luiz Ferreira da Silva. Pinheiro chegou a ser afastado do comando do Executivo municipal no dia 19 de outubro de 2021, no âmbito da Operação Capistrum, por supostamente usar contratações temporárias como moeda de troca política junto à Câmara.