Quarta-feira, 02 de Julho de 2025

POLÍTICA Terça-feira, 09 de Julho de 2024, 18:04 - A | A

Terça-feira, 09 de Julho de 2024, 18h:04 - A | A

"ESCRITÓRIO DO CRIME"

OAB esclarece trâmites e desfaz equívocos sobre processo disciplinar protocolado por Nery

Evelyn Souza/ O Bom da Notícia

Em entrevista à Rádio Cultura FM nesta terça-feira (09), a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Gisela Cardoso, fez questão de restabelecer os fatos e esclarecer os procedimentos internos relacionados ao suposto ‘escritório do crime’ denunciado por Nery dez dias antes de ser assassinado.

De acordo com Gisela, a denúncia se trata de uma representação disciplinar contra outro advogado que atuava na mesma área que Nery, - disputas de terras.

“No dia 25 de junho, o escritório do Dr. Renato encaminhou ao nosso Tribunal de Ética e Disciplina, via e-mail, uma representação disciplinar contra outro advogado. Este documento foi protocolado no dia 26 e permaneceu até o dia 28, aguardando a junção de documentos adicionais por parte do Dr. Renato. No dia 29, o documento foi enviado à presidência ou vice-presidência para o primeiro despacho,” explicou Gisela Cardoso.

Durante a entrevista, Gisela enfatizou que não há menção de ameaças à vida do Nery no documento de representação disciplinar e garantiu que o processo tramitará normalmente. 

“É crucial destacar que, mesmo após o trágico incidente com o Dr. Nery, o processo seguirá normalmente. A OAB continua comprometida em garantir a ética e a disciplina na advocacia, respeitando todos os trâmites legais,” concluiu Cardoso.

Contudo, Gisela também destacou a importância do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB, responsável por investigar possíveis condutas inadequadas dos advogados em conformidade com o Código de Ética e Disciplina.

A representação foi feita pelo Dr. Renato Nery apontava diversas situações que, segundo ele, violavam esse código e solicitava a instauração de um processo ético-disciplinar contra o advogado em questão. 

Renato Gomes Nery, de 72 anos, morreu no dia 6 de junho em decorrência dos tiros sofridos um dia antes em frente ao escritório em que trabalhava, na Avenida Fernando Corrêa.