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POLÍTICA Quarta-feira, 07 de Março de 2018, 16:09 - A | A

Quarta-feira, 07 de Março de 2018, 16h:09 - A | A

JANELA PARTIDÁRIA

Onze deputados devem aproveitar a janela para trocarem de partido

Kamila Arruda, da Redação

Dos 24 deputados estaduais em Mato Grosso, 11 devem trocar de legenda para disputar a reeleição em outubro deste ano. Os parlamentares irão aproveitar a chamada “janela partidária” para não correrem o risco de perderem o mandato.  

 

Conforme o calendário eleitoral de 2018, a partir desta quinta-feira (08) os parlamentares já podem fazer a migração sem colocar em risco o seu mandato. A janela fica aberta até o dia sete de abril.   

Na Assembleia Legislativa, a medida irá atingir, principalmente, as bancadas do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e do Partido Social Democrático (PSD).    

 

O PSB, por exemplo, irá perder todos os seus parlamentares. Isto porque, Eduardo Botelho (PSB), Mauro Savi (PSB), Oscar Bezerra (PSB), Max Russi (PSB) e Adriano Silva (PSB) já estão de malas arrumadas para outro partido desde meados do ano passado.     

A debandada socialista se deve ao fato de a Executiva Nacional ter aceitado o deputado federal Valtenir Pereira de volta ao partido, e ter o colocado como presidente do Diretório Regional após a destituição do deputado federal Fábio Garcia da presidência.    

 

A maioria dos deputados da legenda irão migrar para o Partido Democratas (DEM), seguindo assim os passos do ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes, que deve se filiar a sigla ainda este mês e tem grandes chances de disputar a eleição majoritária no Estado.    

 

 O único que não deve acompanhar o grupo é o atual secretário-chefe da Casa Civil, deputado estadual Max Russi. Ele anunciou nesta semana que se filiará ao PRB, assim como o deputado federal Adilton Sachetti. Isto porque, ambos pretendem ficar na base de sustentação do governador Pedro Taques no pleito de outubro deste ano.     

 

Já o Partido Social Democrático (PSD) deve ficar apenas com o deputado estadual José Domingos Fraga. Os demais já estão em negociação para trocarem de partido neste período em que estará aberta a janela partidária. Assim como Russi, eles deixarão o PSD com receio de que a legenda se torne oposição ao Governo, uma vez que o vice-governador Carlos Fávaro (PSD) já manifestou o seu interesse em disputar a eleição ao Senado Federal.     

 

Diante disso,  os deputados estaduais Drº Leonardo, Nininho, Pedro Satelite e Wagner Ramos devem buscar abrigo no PSDB, uma vez que pretendem apoiar a reeleição de Taques. Os quatro parlamentares estão tendenciosos a migram para a sigla tucana para disputarem a reeleição formando uma chapa pura, tendo assim, maiores chances de eleger um número maior de parlamentares.   Já Gilmar Fabris (PSD) está em conversa com o DEM.  

 

 Outra legenda que irá perder um de seus integrantes é o Partido dos Trabalhadores (PT). O deputado estadual Allan Kardec já definiu a sua ida para o Partido Democrático Trabalhista (PDT), que também deve lançar chapa pura na eleição proporcional.   

 

A janela partidária é o período de 30 dias em que deputados são livres para trocar de legenda sem o risco de punição. Ela está garantida por força do artigo 22-A, III da Lei 9.096/1995 (Lei dos Partidos).    

 

BANCADA FEDERAL

 

Dos oito deputados federais por Mato Grosso, apenas três irão mudar de partido para disputar a eleição de outubro deste ano. Trata-se de Adilton Sachetti, Victorio Galli e Fabio Garcia, que inclusive já efetivou a troca. 

 

O parlamentar deixou o Partido Socialista Brasileiro (PSB) para se filiar no Democratas (DEM). A troca ocorreu em dezembro do ano passado em um evento restrito em Brasília. 

 

Sachetti, por sua vez, não irá acompanhar Garcia e as demais lideranças socialistas no DEM. O parlamentar surpreendeu e anunciou que irá se filiar no Partido Republicano Brasileiro (PRB). O deputado está sendo cotado para disputar uma das duas vagas de Mato Grosso ao Senado da República. De acordo com ele, a sua filiação no PRB é o primeiro passo para que possa viabilizar a candidatura na chapa majoritária.  

 

Já Victório Galli anunciou que já está de malas prontas para o Partido Social Liberal (PSL). A sua decisão visa garantir apoio a possível candidatura do colega Jair Bolsonaro (PSC) à Presidência da República e do ex-prefeito de Sorriso Dilceu Rossato (PSB) ao governo de Mato Grosso.