O governador em exercício Otaviano Pivetta (Republicanos) disse em recente conversa com jornalistas que reconhece que o Estado precisa criar novas ferramentas para garantir mais segurança às pessoas, após ser questionado sobre o crescimento, em Mato Grosso, da atuação de facções criminosas.
Vale ainda lembrar que na última semana foi divulgada a 2ª edição do estudo “Cartografias da violência na Amazônia” com um diagnóstico das cidades mais violentas da Amazônia Legal. Quatro delas são de Mato Grosso.
Dos 772 municípios que compõem a Amazônia Legal, 15 apresentaram taxas de mortes violentas acima de 80 para cada grupo de 100 mil habitantes entre os anos de 2020 e 2022. Da lista, quatro municípios estão localizados no estado de Mato Grosso. O levantamento foi publicado na quarta-feira (30.11) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) em parceria com o Instituto Mãe Crioula (IMC).
Pivetta diz que o Estado já tem trabalhado, mas precisa trabalhar muito mais para poder dar resposta a altura dos crime cometidos hoje.
“Temos feito bastante, mesmo assim nos preocupa muito esse setor de segurança pública. Nós todos sabemos que a criminalidade galopa no Estado. Nosso governo precisa trabalhar muito para poder dar resposta a altura para os eventos que a gente está assistindo”, reconheceu Pivetta.
Em Mato Grosso o Comando Vermelho, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e a Tropa do Castelar são as facções que conseguiram se infiltrar, das 22 identificadas em cidades da Amazônia Legal. De acordo com os dados apresentados no levantamento, da atuação das facções é mais efetiva em 11 municípios do Estado. No caso de Sorriso, sexta cidade mais violenta do país, há a disputa das três facções.
De acordo com o estudo, Cuiabá, Cáceres e Porto Esperidião são controlados pelo Comando Vermelho. Já Mirassol D’Oeste é dominada pelo Primeiro Comando da Capital. Alta Floresta, Rondonópolis, Rosário Oeste, São José do Rio Claro, Tangará da Serra e Várzea Grande são cenários de disputa territorial entre as duas facções.