Quinta-feira, 17 de Julho de 2025

POLÍTICA Quarta-feira, 16 de Julho de 2025, 09:19 - A | A

Quarta-feira, 16 de Julho de 2025, 09h:19 - A | A

TAXAÇÃO NA EXPORTAÇÃO

Rafael Ranalli minimiza tarifa de Trump e afirma que ‘cada lado usa as armas que tem’

Radar Urgente

Ao contrário de políticos aliados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vereador de Cuiabá Rafael Ranalli (PL), defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que não vê como "chantagem" o tarifaço de 50% imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as exportações brasileiras.Segundo o parlamentar, cada corrente ideológica utiliza os meios que tem à disposição para defender seus interesses.

“Não, de maneira alguma [é chantagem]. Hoje, como se fala muito, o cenário está polarizado. Cada lado usa as armas que tem. E temos hoje a maior nação do mundo, considerada a mais democrática, os Estados Unidos, comandados por um presidente de direita. Assim como Lula apoia ditaduras e governos de esquerda, os pares do Brasil de direita buscam apoio nos seus pares ideológicos. Isso é natural”, afirmou Ranalli em entrevista na Câmara Municipal de Cuiabá, nesta terça-feira (15).

Também nesta terça, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), confirmou que o governo brasileiro está tentando ampliar o prazo para negociar com os Estados Unidos uma possível reversão da tarifa de 50% imposta por Trump. Após reunião com representantes da indústria, Alckmin destacou que o Palácio do Planalto está empenhado em buscar uma solução rápida para o impasse.

“A questão é importante e urgente. Temos dois fatores: produtos perecíveis e outros já embarcados. Por isso, estamos nos empenhando. Amanhã, teremos reunião com a Amcham (Câmara Americana de Comércio) e ouviremos outros setores que pediram participação, como a indústria química, cooperativas, confederações da Agricultura (CNA) e do Comércio (CNC), empresas de software e forças sindicais”, disse o vice-presidente.

Em nota divulgada no último dia 9 de julho, o presidente Lula reafirmou que o Brasil é um país soberano e que "não aceitará ser tutelado por ninguém". A manifestação veio após declarações de Donald Trump acusando o governo brasileiro de ser "injusto" nas relações comerciais e criticar o processo judicial contra Jair Bolsonaro.

“O processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de Estado é de competência apenas da Justiça brasileira e, portanto, não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais”, declarou Lula.