A paralisação proposta pelo Sintep (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público), nesta segunda-feira, 12 de agosto, não teve adesão dos profissionais de 639 escolas estaduais, ou seja, 98,7% das unidades funcionaram normalmente. Apenas nove escolas estaduais aderiram à paralisação, o que representa 1,3% do total.
A principal reivindicação do sindicato é salarial. Na rede estadual, um professor nível B com 30 horas-aula recebe R$ 5.253,95 e com 40 horas-aula, R$ 7.005,09. Além disso, os professores têm 45 dias de férias anuais, sendo 15 em julho e 30 dias ao final do ano letivo.
Já de acordo com o Sintep, os dados apresentados durante o Conselho de Representantes que antecedeu a Assembleia, apontou um piso salarial dos trabalhadores da educação estadual ao entorno de R$ 3.502,66.
Estão com as atividades paralisadas duas escolas em Cuiabá, duas em Pontes e Lacerda, duas em Campo Novo, duas em Tangará da Serra e uma em Denise.
Entenda
A decisão do Sintep-MT, de paralisar as atividades, foi fechada na manhã desta segunda, em Assembleia Geral dos profissionais, em Cuiabá. E para além da valorização salarial com ganho real, há ainda revindicações pelo fim do confisco das aposentadorias e concurso público para todos os cargos da carreira.
"O segmento de aposentados, por sua vez, é penalizado duplamente. Primeiro pela desvalorização salarial que atinge os ativos, e segundo, com a Lei da Previdência estadual que retira dos salários 14%, com o chamado confisco da aposentadoria, a volta da taxação após terem contribuindo toda uma vida", diz o sindicato.