A indústria automotiva passa por sua maior disrupção desde que nasceu, há 100 anos. Hoje, a aposta é em inovação e grande parte dos grupos vêm buscando soluções de mobilidade e apostando em veículos elétricos e autônomos. O casamento de marcas tornou-se uma necessidade e o mais recente é a união entre o PSA Groupe e a Fiat Chrysler Automobiles (FCA).
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O acordo entre PSA e FCA refletirá num amplo portfólio de 12 marcas automotivas: Alfa Romeo, Chrysler, Citroën, Dodge, DS, Fiat, Jeep, Maserati, Opel, Peugeot, Ram e Vauxhall. Juntas, elas vão produzir cerca de 9 milhões de carros, serão a quarta montadora do mundo e intensificarão a eletrificação de seus automóveis.
Há vários modelos na fila dos elétricos. As prioridades serāo os da marca Jeep. A Jeep já anunciou que oferecerá um trem de força híbrido plug-in nos SUVs Renegade e Compass que combina um motor a gasolina 1.3turbo com um elétrico. No modo EV poderá rodar uma faixa de 48 km somente como elétrico.
A Jeep também está planejado investimento de mais de US$ 10 bilhões nos próximos dois anos para produzir versões totalmente elétricas do Renegade e Compass. Em setembro, a FCA já havia anunciado que o elétrico Fiat 500-e terá nova geração a partir do segundo trimestre de 2020. Também na lista está a linha de carros de luxo do grupo, a Maserati, que trará uma versão elétrica do Alfieri GT já em 2020. O objetivo é tornar essa marca totalmente elétrica.
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A PSA terá uma ofensiva de "veículos de baixa emissão". A marca Peugeot já anunciou o compacto e-208 e o SUV e-2008 elétricos. Também acaba de apresentar o SUV 3008 Hybrid. Com a mesma plataforma e trem de força, a marca Citröen tem previsto para 2020 o lançamento do novo C5 Aircross SUV Hybrid. Estes modelos são candidatos a chegar ao Brasil a partir do próximo ano. O SUV Citröen C5 Aircross híbrido é um dos modelos que poderá chegar ao Brasil em 2020.
Parceria estratégica
A unidade automotiva Waymo, do mesmo grupo da Google, tem acordo com a Fiat- Chrysler para transformar a van Chrysler Pacifica em um veículo autônomo. Atualmente, a empresa não fabrica carros em si, mas desenvolve o hardware e o software associados para fazê-lo circular de forma autônoma.
A Waymo, sozinha, vale US$ 100 milhões na Bolsa de Nova York, o dobro do valor do novo grupo FCA-PSA, que é de US$ 48 milhões. Isso demonstra a visão favorável do investidor no futuro de carros autônomos.
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Bem, na esperança de liderar a próxima geração de transporte, as montadoras estão se unindo. E o avanço tecnológico é um caminho sem volta. Dentro desse contexto, a fusão entre PSA e FCA faz parte da nova era da mobilidade na qual está entrando o setor automotivo.
Fonte: IG Carros e Motos