Diversas informações sobre o glúten são divulgadas quase que diariamente e geram ainda muitas dúvidas se afinal devemos ou não incluir o glúten em nossa alimentação. Para esclarecer o tema, a Schär – líder mundial de alimentos sem glúten, reuniu dados de estudos realizados por especialistas em todo o mundo pelo Instituto Dr. Schär e preparou 8 mitos e verdades sobre o assunto.
“Muito se fala sobre retirar o glúten de uma dieta saudável com o objetivo da perda de peso, por exemplo, mas é importante saber que mais do que eliminar alguns quilos, o glúten influencia e pode desenvolver sintomas muito mais sérios de saúde como o desenvolvimento da doença celíaca e diabetes”, explica a nutricionista Luiza Carvalho.
Aliás, no caso da doença celíaca, uma desordem autoimune, desencadeada pela ingestão do glúten e que acomete de 1% a 2% da população, a retirada total do glúten, é a única forma do paciente viver bem. “Com o tempo, as paredes do intestino do paciente celíaco vão inflamando, atrofiando e perdem a capacidade de absorver nutrientes, como o cálcio e o ferro dos alimentos, podendo levá-lo à morte”, explica a especialista.
Confira abaixo o que pode ser levado a sério ou não quando o assunto é o glúten:
1. Alimentos sem glúten são mais saudáveis – DEPENDE
Uma alimentação saudável não está associada a ter ou não o glúten. O glúten é uma proteína presente no trigo e em outros grãos como cevada e centeio, uma pessoa que não possua a doença celíaca ou mesmo a sensibilidade ao glúten pode manter uma dieta saudável consumindo glúten normalmente.
Porém, para os pacientes da doença celíaca, pessoas sensíveis ao glúten e mesmo pacientes da síndrome do intestino irritável, se beneficiam da retirada do glúten de sua alimentação por evitarem os sintomas desencadeados por sua ingestão, vivendo com mais qualidade. Normalmente, as pessoas que possuem restrição alimentar buscam por alimentos mais nutritivos, incorporando um estilo de vida mais saudável. Vale dizer que uma vida saudável está relacionada ao consumo de uma alimentação equilibrada, exercícios físicos e atividades que promovam bem-estar mental, físico e emocional.
2. As mulheres têm mais chances de desenvolver a doença celíaca – VERDADE
As mulheres são as mais afetadas pela intolerância ao glúten. A proporção é de duas para cada homem. Estudos internacionais apontam que até 70% das pessoas diagnosticadas atualmente são do sexo feminino. Fatores genéticos são apontados como responsáveis.
3. Ser intolerante ao glúten é ser celíaco – MITO
Doença Celíaca ou Sensibilidade ao Glúten não Celíaca são dois diagnósticos com alterações gastrointestinais distintas. Estima-se que de 1% a 2% da população seja celíaca, enquanto, de 6% a 15%, tenha sensibilidade ao glúten.
Na doença celíaca há o componente imunológico que faz com que a mucosa do intestino se inflame. Isto gera a perda da integridade deste órgão, com o consequente prejuízo na absorção de algumas vitaminas e minerais. Desta forma, há um prejuízo orgânico enorme.
No caso da Sensibilidade ao Glúten não Celíaca, não há este componente imunológico bem definido. Portanto, é como se este tipo de alimento não fosse bem aceito pelo organismo, mas sem que isto leve a um impacto orgânico.
“Desta forma, a sensibilidade ao glúten está mais associada ao desconforto e sintomas digestivos que trazem prejuízo à qualidade de vida, do que propriamente alterações orgânicas do intestino ou distúrbios nutricionais”, explica o médico gastroenterologista, proctologista e nutrólogo Fernando Valério.
4. Ser celíaco é genético – VERDADE
Sim, a doença celíaca é geneticamente relacionada, mas nem todos que têm os marcadores genéticos irão manifestar a doença. De acordo com o professor Alessio Fasano, membro do Comitê Científico sobre Sensibilidade ao Glúten do Instituto Dr. Schär, além dos genes e o glúten, existem outros fatores que podem estar relacionados para o desencadeamento da doença, e o “leaky gut” (intestino que vaza) ou permeabilidade intestinal é um deles. Outro fator que pode estar relacionado ao surgimento da doença celíaca é a composição da microbiota intestinal do indivíduo, que pode influenciar a balança entre a tolerância (saúde) e a reposta imune (doença).
5. Restringir o glúten da dieta provoca perda de peso – MITO
Não há estudos que comprovem a relação do glúten com a perda de peso. O que muitas vezes acontece é que retirando ou reduzindo o consumo excessivo de alimentos que contém glúten (pães, biscoitos, massas produzidos com farinha refinada, por exemplo), por serem muito calóricos e possuírem alto índice glicêmico e poucas fibras, contribuem a redução da glicose sanguínea, níveis de insulina e para a redução do peso, mas isso está relacionado ao hábito alimentar e não necessariamente ao glúten.
6. É possível desenvolver predisposição à intolerância ao glúten simplesmente por retirar ele da alimentação – MITO
Até onde já se estudou, não há benefícios diretos em abraçar uma dieta livre de glúten, a menos que você tenha sinais ou sintomas quando exposto a esta proteína. Porém, é importante estar ciente de que o glúten não é um nutriente essencial e, portanto, não há mal nenhum em evitá-lo.
Vale lembrar que, estima-se que de 6% a 15% da população sofra de sensibilidade ao glúten e 20% da população da síndrome do intestino irritável, cuja dieta não fermentativa, que inclui a retirada do glúten, é preconizada pelos especialistas para melhor qualidade de vida.
7. Alimentos com glúten levam mais tempo para serem digeridos –VERDADE
O glúten é formado por duas proteínas: glutenina e gliadina. É uma estrutura complexa que, como outras proteínas, inicia sua digestão (ou quebra para virar aminoácido) no estômago. É considerada a única proteína que o corpo não consegue digerir completamente.
8. Celíacos precisam restringir o glúten de todos os produtos, não apenas da alimentação. VERDADE
Os celíacos precisam restringir qualquer contato com o glúten de sua rotina. A contaminação cruzada (presença de partículas de glúten em alimentos, utensílios e superfícies originalmente isentas de glúten) é um dos principais perigos para os portadores da doença celíaca. Vale lembrar que a contaminação cruzada pode ocorrer de diversas formas: no plantio, colheita, armazenamento, beneficiamento, industrialização, transporte, nos pontos de venda e na área de manipulação de alimentos.
Como não é possível excluir completamente o glúten de casa, é importante separar tudo: alimentos, utensílios, panos e toalhas de mesa do celíaco. “Os alimentos sem glúten devem ser preparados antes. A louça deve ser lavada separadamente, com uma esponja própria. Potes de manteiga, geleia, requeijão, precisam ser separados e é fundamental que todos sejam orientados a lavar constantemente as mãos, pois o glúten também pode contaminar telefones, controles-remoto, maçanetas, computadores e outras superfícies de uso comum”, explica a nutricionista Luiza Carvalho.
lém disso é preciso ficar atento também à presença de glúten em outros tipos de produtos dentro de casa como ração dos animais domésticos, cosméticos que possuam aveia ou trigo na composição (cremes, maquiagens, shampoos etc); massinha de modelar; giz de lousa; balões de látex; tinta facial; cola branca.
Sobre a Schär
Presente em mais de 70 países, a Schär é líder mundial em alimentação sem glúten. A marca chegou ao mercado brasileiro em 2012 e desde o final de 2014 atua diretamente no Brasil por meio de sua filial administrativa e comercial, na cidade de Curitiba (PR). Os 150 pontos de vendas iniciais já se transformaram em mais de 5 mil, cobrindo todas as regiões do país. Atualmente, são mais de 30 produtos disponíveis para o público brasileiro. Mais do que oferecer uma alternativa para quem precisa ou opta por seguir uma dieta sem glúten, a Schär tem compromisso com o sabor e o prazer à mesa. Porque alimentar-se bem é saber fazer as melhores escolhas.