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BRASIL & MUNDO Segunda-feira, 12 de Agosto de 2019, 10:00 - A | A

Segunda-feira, 12 de Agosto de 2019, 10h:00 - A | A

MUNDO

Embaixada nos EUA: partido tenta barrar Eduardo

São Paulo e Brasília A/E

O partido Cidadania (antigo PPS), pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que barre a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente Jair Bolsonaro, à embaixada do Brasil nos Estados Unidos. O partido afirma que o ato seria flagrante nepotismo, já que o parlamentar não seria qualificado ao cargo.

 

O relator da ação é o ministro Ricardo Lewandowski. A legenda afirma que há ‘patente inexperiência e ausência de qualificação profissional para a assunção do cargo em questão’. 

  

Filho do presidente foi indicado para assumir a embaixada brasileira nos EUA, mas Senado terá que analisar e aprovar a medida

‘Antes do desafio de assumir a embaixada do Brasil, os anteriores ocupantes do cargo exerciam funções relacionadas à diplomacia há anos’. ‘Feita a análise do caso em sua especificidade, vem à tona a única e real motivação que levaria a autoridade coatora a indicar o Sr. Eduardo Nantes Bolsonaro para função de tamanha importância e complexidade: a relação de consanguinidade’, diz a legenda. Segundo a legenda, ‘sob o pretexto de dar filé mignon ao filho’, o excelentíssimo senhor presidente da República confunde a res publica com a res privata, ignorando que o poder emana do povo e que a ele deve servir. 

 

‘Trata-se de retrocesso civilizatório e institucional para o país, que retorna a práticas antigas e arduamente combatidas durante anos’, diz. Segundo o Cidadania, ‘a provável conduta se reveste de simbolismo, constituindo exemplo negativo a todas as esferas da administração pública por parte do mais alto cargo do executivo nacional’. ‘Com a iminente indicação do filho, o presidente Jair Bolsonaro alastra a ideia aos 26 Estados da Federação e aos 5.570 municípios que faz parte do jogo político a distribuição de cargos aos familiares, como se o Estado fosse um negócio familiar’, afirma