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O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, decidiu manter a prisão do ex-presidente Michel Temer. A decisão de Bretas é uma resposta a um ofício do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), enviado na sexta-feira (22) ao juiz federal. O magistrado decidiu levar o caso para a sessão de julgamento da 1ª Turma Especializada do TRF2, marcada para a próxima quarta-feira (27).
Antes do julgamento, no entanto, o desembargador Antonio Ivan Athié, enviou um ofício a Bretas, questionando se, diante do pedido de habeas corpus pela defesa do ex-presidente no TRF2 no mesmo dia da prisão, ele manteria ou não a decisão.
“Ao que parece, os impetrantes preferiram ajuizar açodadamente um habeas corpus padrão, que não faz referência aos documentos dos autos (que somam quase 5 mil páginas), para tentar uma liminar no calor do momento, sem se preocupar em analisar minimamente a decisão”, escreve Bretas em seu despacho.
“Segundo a PF, as visitas são permitidas apenas de segunda a sexta-feira, em horários previamente determinados. ”
Diferente das primeiras 24 horas, quando recebeu visitas de amigos e aliados, o ex-presidente Michel Temer passou o sábado sozinho na cela onde cumpre prisão preventiva, na Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. O mesmo aconteceu neste domingo.
O emedebista recebeu um livro sobre Winston Churchill, primeiro-ministro britânico durante a Segunda Guerra Mundial. A publicação foi entregue na portaria do prédio pelo advogado Gustavo Guedes, que já defendeu Temer no Supremo Tribunal Federal. Guedes tentou visitar o ex-presidente mas foi impedido.
Na sexta-feira, Temer recebeu a visita do advogado e amigo pessoal, Antonio Cláudio Mariz de Oliveira e do ex-ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB-MS). Ambos disseram que o emedebista demonstra sinais de abatimento.
O ex-presidente deve ficar permanecer preso até pelo menos quarta-feira, dia em que a 1ª Turma do Tribunal Federal da 2ª Região (TRF2) julgará os habeas corpus ajuizados por Temer, Moreira Franco e outros detidos na semana passada, entre eles João Baptista Lima Filho e sua mulher, Maria Rita Fratezi.