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CIDADES Terça-feira, 03 de Julho de 2018, 16:41 - A | A

Terça-feira, 03 de Julho de 2018, 16h:41 - A | A

RECUPERAÇÃO

Bebê indígena apresenta melhora e irá se alimentar via canal oral

Karollen Nadeska, da Redação

A bebê indígena Analu Paluni Kamayura Trumai, que foi enterrada viva pela bisavó em Canarana (823 km a Leste), apresentou melhora no seu estado de saúde. Segundo boletim médico divulgado na tarde desta terça-feira (03), a menina encontra-se estável respirando sem ajuda de aparelhos e irá se alimentar pelo canal oral.


Conforme o informativo da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, novos exames detectaram que a criança reagiu bem ao tratamento e por isso será feita a retirada do cateter que foi implantado para controlar sua disfunção renal.


A menina que chegou na unidade com quadro bastante debilitado e infeccioso, luta agora para conseguir amamentar, tendo em vista que estava sendo alimentada com ajuda de sonda. Ela está sendo acompanhada por uma fonoaudióloga da unidade que irá iniciar o processo chamado de sucção, para aprender sugar.


Analu completa 1 mês nesta quarta-feira (04), após ter sobrevivido às 7 horas debaixo da terra. De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, o crime foi premeditado pela família, que não aceitava a criança por ser fruto de um relacionamento da menor com um indígena casado. 

 

A mãe da bebê, uma adolescente de 15 anos, teve o parto em casa. No mesmo dia, o feto foi enrolado em um pano e enterrado em uma cova rasa, nos fundos da casa. Porém, vizinhos estranharam a movimentação e suspeitando de algo errado resolveram chamar a polícia. Quando os policiais começaram a cavar, ouviram o choro da criança que até então aparentava estar morta. Os oficiais acreditam ter sido "milagre".