(Foto: Arquivo)
Trabalhadores do Hospital Universitário Júlio Muller, no bairro Alvorada, em Cuiabá, ameaçam deflagrar greve na próxima segunda-feira (18). O movimento paredista é uma reação à decisão revogada pela direção da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, que por meio de portaria, alterou a jornada de trabalho de 30 para 40 horas semanais.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Tecnico-administrativos em Educação, da Universidade Federal de Mato Grosso, uma assembleia está marcada para às 14h de segunda-feira, a fim de a categoria adotar as próximas ações.
“A jornada flexibilizada foi a forma encontrada para garantir que o hospital atenda a população de forma ininterrupta. Quando um trabalhador termina seu expediente, imediatamente outro assume”
“A jornada flexibilizada foi a forma encontrada para garantir que o hospital atenda a população de forma ininterrupta. Quando um trabalhador termina seu expediente, imediatamente outro assume. Assim as escalas são montadas, para que os pacientes sejam sempre atendidos, tanto a noite como nos finais de semana”, destacou o coordenador geral do Sintuf, Fabio Ramirez.
Conforme explica o dirigente sindical, se a jornada de trabalho for alterada, os trabalhadores terão que fazer oito horas diárias, com duas horas de intervalo, o que prejudicaria o atendimento na unidade. Além disso, causa certa interferência nas escolas do período noturno e finais de semana.
“Imaginem a situação dos trabalhadores em terem que explicar para os familiares que o paciente veio a óbito porque estava almoçando no momento em que ele necessitou de atendimento. Isso é um absurdo. Além disso, a mudança na jornada de trabalho nunca foi debatida junto ao sindicato, e estamos em constantes reuniões”, reforçou Ramirez.
A resolução que suspende temporariamente a jornada flexibilizada no HUJM, prevista desde o decreto 1590 de 1995 foi assinada pela superintendente do hospital, Elisabet Aparecida Furtado. A portaria têm previsão de entrar em vigor no dia 1° de abril de 2019. Trata-se de uma ação que atinge exclusivamente os trabalhadores estatutários, ligados à UFMT. A medida não interfere nos trabalhadores celetistas, ligados a Ebserh.