Sexta-feira, 26 de Abril de 2024

CIDADES Terça-feira, 12 de Fevereiro de 2019, 10:12 - A | A

Terça-feira, 12 de Fevereiro de 2019, 10h:12 - A | A

MORAVA NO LIXÃO

Jovem surdo e com problemas mentais localiza mãe após um ano vagando

Da Redação

Um jovem surdo, com deficiência mental, natural do Estado do Amazonas que estava sem documentos e sua família era procurada, conseguiu com ajuda das redes sociais localizar seus parentes. A iniciativa de divulgar um cartaz pedido ajuda para identificar parentes foi do Núcleo de Pessoas Desaparecidas da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoas (DHPP), da Polícia Judiciária Civil, em Cuiabá.

 

Tudo começou com pedido da assistência social da Defensoria Pública de Cuiabá, que entrou em contato com o Setor de Desaparecidos da Polícia Civil, solicitando apoio na localização de parentes de um rapaz (andarilho) surdo e que se apresentava como André Gomes Ferreira, para retirada de novos documentos.

 

De acordo com a Defensoria Pública, André passou certo tempo no Estado do Rio de Janeiro com o nome de Anairo Wai Wai. Porém, estava residindo em Cuiabá há  cerca de um ano, engajado em manifestações sindicais. Ele permanecia diariamente nas dependências da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e morava em um “grilo” nas proximidades do lixão em Cuiabá.

 

Diante do pedido do Órgão, o Setor de Desaparecidos da DHPP postou o cartaz “procura-se por parentes”, no Facebook do Setor (https://www.facebook.com/Desaparecidos-Pol%C3%ADcia-Civil-Mato-Grosso-1752575328341774/al).

 

Com a divulgação, várias pessoas comentaram na página informando que conhecia o rapaz e no aplicativo de denúncias do Núcleo (65 9 9982-7766). O Setor também recebeu informações de intérpretes de libras, os quais confirmaram que ele possui problemas mentais e vinha vivendo como andarilho.

 

Na sexta-feira, 8 de fevereiro, a Defensoria dos Direitos Humanos da cidade de Manaus (AM) entrou em contato com a DHPP, em Cuiabá, comunicando a presença da senhora Dagmar Gomes Faria, a qual afirmou ser a mãe André (que estava em Mato Grosso), mas que na verdade o filho chamava-se Alex Faria Moça.

 

Ela afirmou que chegou ao seu conhecimento o cartaz divulgado pelo Núcleo de Pessoas Desaparecidas da PJC-MT, a procura dos familiares. A mãe contou que o filho (Alex) saiu de casa há cinco anos e desde então, só tinha notícias dele esporadicamente. No último ano não conseguiu mais contato com o Alex Faria e tinha anseio de encontrar seu filho com vida.

 

A mãe manifestou o desejo de ter o filho de volta junto com a família. A Defensoria dos Direitos Humanos de Manaus, do Estado do Amazonas, está averiguando a forma do reencontro de Alex e a mãe Dagmar.