“Perdido”, passando fome e apenas com R$ 5 no bolso, o piauiense Antônio Francisco Alves Ferreira da Silva, de 37 anos, chegou a Cuiabá em busca de casa e emprego. Ele sonha em dar a família que deixou no estado de origem, uma vida mais digna. No entanto, carece de apoio financeiro.
O servente de pedreiro foi encontrado desorientado pela Rua Comandante Costa, na região central da cidade, na tarde desta quinta-feira (21), a procura de um Centro de Referência e Assistência Social (Cras) onde pretende passar a noite.
A equipe do O Bom da Notícia ofereceu ajuda e amparou Antônio na sede do site, dando-lhe alimentação e espaço para descanso.
(Foto: O Bom da Notícia)
Enquanto realizava a sua primeira refeição do dia, Antônio contou sua trajetória. Com a passagem de ônibus comprada, ele deixou a cidade de Teresina (PI) há três dias e desembarcou na Capital.
“Estou há três dias na estrada, com essa mochila nas costas e R$ 5 no bolso. Não tenho para onde ir. Preciso de ajuda ”
“Estou há três dias na estrada, com essa mochila nas costas e R$ 5 no bolso. Não tenho para onde ir. Preciso de ajuda para encontrar o Cras daqui. Deixei minha esposa e filha em busca de conseguir um emprego melhor e mandar dinheiro a elas”, contou à reportagem.
Esta é a segunda vez que vem a capital mato-grossense “tentar a vida”. A primeira, conseguiu localizar uma casa de apoio, recebeu abrigo e encaminhamento para a cidade de Lucas do Rio Verde (MT). Na ocasião, foi viabilizado uma passagem e estadia no município. Cerca de cinco dias após, foi contratado por uma horta orgânica particular para trabalhar de ajudante, com a oferta de ganhar um salário mínimo.
Entretanto, após oito meses de serviço braçal decidiu retornar para casa, pois o dinheiro não era suficiente para quitar suas despesas mensais, em razão do “alto” custo de vida na cidade.
Em meio a muita pobreza e sem outra opção, trabalhou até comprar nova passagem para Mato Grosso.
“Há quatro anos eu vim pra cá pela primeira vez. Eu fiquei sabendo de Cuiabá porque minha irmã comentou comigo. Quando cheguei aqui me deram uma passagem para Lucas do Rio Verde, onde morei e trabalhei por oito meses”, explica.
Além da precariedade, Antônio toma medicação diariamente para controlar a epilepsia – que é uma doença do sistema nervoso em que há perturbação da atividade das células no cérebro, causando convulsões. Uma pessoa com crise epilética pode ser ‘levada à morte’.
Reposta rápida
A Prefeitura de Cuiabá, por meio da coordenadora da Secretaria de Inovação e Comunicação (Sicom), providenciou o encaminhamento e assistência para o ajudante de pedreiro.
A equipe da Secretaria e Assistência Social esteve na sede do site O Bom da Notícia e encaminhou Antônio para o albergue municipal na região da rodoviária. Lá ele ficará por alguns dias até encontrar emprego.
Interessado em ajudar Antônio a encontrar emprego poderão entrar em contato nos telefones 3616-6731 (Cras) ou 3359-8196 (site).