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JUDICIÁRIO Sexta-feira, 16 de Agosto de 2019, 14:20 - A | A

Sexta-feira, 16 de Agosto de 2019, 14h:20 - A | A

EX-DEPUTADO

Procurador é investigado por omissão em caso de desocupação de imóvel do Estado

Marcio Camilo - O Bom da Notícia

O Ministério Público Estadual (MPE) abriu inquérito civil para investigar suposta omissão do procurador do Estado, ex-deputado estadual Alexandre César, por ainda não ter determinado a desocupação do imóvel que abriga o Sindicato do Servidores Públicos Estaduais (Sindes), no Centro Político e Administrativo (CPA) de Cuiabá.

 

O MPE ressaltou que por conta da atuação omissa do procurador Alexandre Cesar, existem nos autos elementos iniciais que justificam a instauração de inquérito civil

Na portaria, o promotor Célio Fúrio, responsável pelo inquérito, ressalta que já existe uma ação de despejo contra o sindicato, que teria ocupado o imóvel irregularmente, que pertence ao Estado. No entanto, conforme o MPE, a Procuradoria-Geral do Estado ainda não tomou providência para retomar o espaço.

 

"Paira dúvida sobre a atuação da Procuradoria Geral do Estado especialmente se ocorreu iniciativa para desocupação voluntária, se foi ou será proposta ação visando a reintegração de posse e desocupação do imóvel do Estado de Mato Grosso, ocupado indevidamente pelo SINDES, conforme decisão proferida na Ação Civil Pública relacionada aos fatos", destaca o documento.

 

O MPE ressaltou que por conta da atuação omissa do procurador Alexandre Cesar, "existem nos autos elementos iniciais que justificam a instauração de inquérito civil para apurar fato autorizador da defesa e tutela dos interesses ou direitos a cargo do Ministério Público".

 

O promotor reforça que a instauração do inquérito é importante para obter mais informações do caso, para dar continuidade ou não nas investigações.

 

Fúrio também acrescentou que o investigação visa apurar "eventuais atos de improbidade administrativa, de danos ao erário ou promover a declaração de nulidade ou anulação de atos lesivos ao patrimônio público ou a moralidade administrativa, em face da conduta da Procuradoria Geral do Estado".

 

Além de Alexandre César, o MPE também oficiou o procurador-geral do Estado, Francisco de Assis da Silva Lopes, para que se manifeste sobre o caso.