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POLÍCIA Quarta-feira, 28 de Agosto de 2019, 09:39 - A | A

Quarta-feira, 28 de Agosto de 2019, 09h:39 - A | A

'CASO CLÁUDIO'

Defesa aponta vitória de PM, inocentado em júri popular por morte de detento após rebelião

Wellyngton Souza - O Bom da Notícia

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O ex-policial militar, Antônio Bruno Ribeiro, foi inocentado da acusação de assassinato contra um ex-detento do Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), antigo Presídio do Carumbé, em júri popular presidido pela juíza Mônica Catarina Perri, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, na última sexta-feira (23).

 

Ao site O Bom da Notícia, o advogado que patrocinou a defesa do ex-policial militar, Antônio Bruno, Ricardo Monteiro, disse que sempre acreditou na versão apresentada por ele e que, ao final, ficou comprovado que não houve participação dele no crime.

 

“A minha tese foi negativa de autoria, ou seja, que ele não teve nenhuma participação no crime citado e para isso, levantamos exames de balística, corpo e delito e uma série de provas e, no final, acabou que o conselho de sentença o absolveu do crime. São dois homicídios, um era vítima do Claudio e a outra que não foi identificada”, disse o advogado Ricardo Monteiro.

Existem outros rés na acusação que até hoje ingressam na Justiça recursos, mas nós sempre optamos por aguarda audiência de juri popular

 

Segundo o processo, cerca de 50 detentos fugiram da unidade prisional em dezembro de 1996, depois de uma rebelião e troca de tiros. Depois de ser recapturado, Claúdio Andrade Gonçalves e outro detento não identificado, foram levados pelo então acusado e outros policiais militares à época, para o Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá, pois ficaram feridos, no entanto, durante o trajeto, conseguiram fugir da viatura. Assim que novamente recapturado, as vítimas foram levadas para uma estrada que dá acesso ao município de Barão de Melgaço (a 100 km de Cuiabá), local então onde foram executados.

 

O caso ganhou repercussão e ficou conhecido como 'Caso Cláudio'. A determinação para que o preso fosse levado para a unidade hospitalar partiu do comandante da ação tenente coronel Leovaldo Sales, atual secretário de Ordem Pública de Cuiabá.

 

Ricardo Monteiro explica que até hoje outros acusados ingressam com recursos, porém desde o início, aguardou para que o caso fosse levado a juri popular. “Existem outros rés na acusação que até hoje ingressam na Justiça recursos, mas nós sempre optamos por aguarda audiência de juri popular”. A defesa comenta ainda que Antônio Bruno Ribeiro trabalha há dez anos como guarda patrimonial na Procuradoria de Justiça de Mato Grosso, no Ministério Público.