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BRASIL & MUNDO Quinta-feira, 12 de Setembro de 2019, 15:32 - A | A

Quinta-feira, 12 de Setembro de 2019, 15h:32 - A | A

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Funcionários ‘fantasmas’: Carlos Bolsonaro é investigado pelo MP

Rio de Janeiro A/E

O vereador Carlos Bolsonaro (PSC) é investigado em dois procedimentos do Ministério Público do Rio (MPRJ) por suspeitas de ter mantido funcionários “fantasmas” em seu gabinete na Câmara Municipal. As denúncias de supostas irregularidades no escritório do filho “02” do presidente Jair Bolsonaro começaram a ser publicadas pela imprensa depois que o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), irmão de Carlos, passou a ser investigado por práticas parecidas.

 

O jornal O Estado de S. Paulo revelou o caso de Claudionor Gerbatim de Lima e Márcio da Silva Gerbatim. Eles são parentes de Fabrício Queiroz, pivô da investigação envolvendo Flávio e seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), que está suspensa por decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

 

Os Gerbatim também trabalharam no gabinete de Carlos na Câmara e não têm registros de frequência. As investigações, que estão sob sigilo, correm em duas esferas: a criminal, que está nas mãos do procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, com auxílio do Grupo de Atribuição Originária Criminal (Gaocrim); e a cível, na qual se verifica se houve improbidade administrativa. 

 

As investigações contra Flávio Bolsonaro, que apuram as práticas de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, estão suspensas por terem usado informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sem autorização judicial prévia. 

 

Esses procedimentos contra Carlos, contudo, não têm relação com dados de movimentações financeiras fornecidos por órgãos de controle - e, portanto, podem ser tocados normalmente pelo Ministério Público. Procurado para comentar o caso, o vereador não foi localizado. Ele pediu licença da Câmara nesta terça-feira, 10, para tratar de assuntos particulares.