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POLÍCIA Quarta-feira, 09 de Outubro de 2019, 15:04 - A | A

Quarta-feira, 09 de Outubro de 2019, 15h:04 - A | A

OPERAÇÃO FAKE PAPER

Após ser preso, advogado chama de 'showzinho' operação realizada pela Defaz

O Bom da Notícia

Em vídeo gravado pelo site RDnews, o advogado Anilton Gomes Rodrigues, entre os nove presos nesta quarta-feira (09), em ação realizada pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários - classificou a Fake Paper deflagrada pela Defaz, como uma operação fantasiosa -, 'um showzinho que a delegacia está fazendo'.

 

Na declaração, o advogado ainda assegura que não praticou crimes tributários e, nem tampouco, exisitiria empresa fantasma.  Em conversa com a imprensa, ele classificou a ação policial como “fantasiosa”. “Eles estão acusando produtores rurais de ter sonegado tributos, inclusive de produtos que nem tributados são. Eu estou sendo preso, porque estou defendendo produtores rurais e contribuintes contra o arbítrio da Secretaria de Fazenda e de auditores fiscais”, ainda afirmou.

 

Ele chegou a sede da Defaz, no Centro Político Administrativo, após apreensão realizada no seu apartamento, no bairro Jardim Shangri-lá, em Cuiabá. Anildo -de acordo com a Defaz -, foi sócio e contador das empresas Rio Rancho Produtos do Agronegócio, Mato Grosso Comércio e Serviços e a B. Da S. Guimarães Eireli, que juntas emitiram R$ 337.337.930,11 em notas frias, gerando um prejuízo "alarmante" aos cofres do Estado.

 

Na Fake Paper, a Defaz ainda cumpriu 15 mandados de busca e apreensão para apurar um esquema responsável por sonegar impostos através de emissão de notas frias em Mato Grosso. 

 

A ação policial também apura uma organização criminosa que através de falsificação de documento público, falsificação de selo ou sinal público e uso de documento falso promoveu a abertura de empresas de fachada, visando disponibilizar notas fiscais frias para utilização de produtores rurais e empresas nos crimes de sonegação fiscal.

 

Além disso, o esquema possibilitou a prática de crimes não tributários, como a fraude a licitação, ou mesmo 'esquentar' mercadorias furtadas ou roubadas.

 

O delegado Sylvio do Vale Ferreira Junior, que preside as investigações, ressalta que a emissão de notas fiscais frias interfere negativamente na base de dados da Sefaz.

 

“Distorcendo as informações sobre produção econômica do Estado e, consequentemente, na composição de índices do Fundo de Participação dos Municípios, e no cálculo do Fundo de Participação dos Estados, causando efeitos devastadores”, disse.

 

O delegado titular da Defaz, Anderson da Cruz e Veiga, ressalta que “a operação busca apreender documentos, dispositivos móveis e computadores que possam robustecer ainda mais a investigação e integra mais uma ação da Defaz em conjunto com a Secretaria de Estado de Fazenda, no combate aos crimes contra a ordem tributária”.

 

Os mandados foram cumpridos em sete cidades de Mato Grosso: Cuiabá, Tangará da Serra, Campo Novo dos Parecis, Barra do Bugres, Canarana, Sorriso e Juína.