Foi protocolado nesta segunda-feira (13), pelo vereador Dr. Luiz Fernando (Republicanos), um ofício solicitando que o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) realize uma auditoria na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá e na Empresa Cuiabana de Saúde Pública, para fiscalizar o caos que a saúde pública da Capital vem enfrentando através de problemas como falta de médicos e medicação e uma dívida de mais de 300 milhões.
“O valor ficou conhecido após a intervenção do Estado na pasta que ocorreu entre os dias 28 de dezembro do último ano a seis de janeiro deste ano e o que foi encontrado não é muito longe do que nós questionávamos junto à antiga secretária de saúde, Suelen Alliend, quando a convocávamos para prestar contas na Câmara Municipal e ela não comparecia, omitindo os fatos da gestão”, lembrou.
Luiz Fernando vem realizando um trabalho intenso de fiscalização na Saúde, inclusive, foi ele quem levou a ex-secretária para prestar contas sobre os problemas da pasta, junto aos conselheiros Waldir Teis e Guilherme Maluf, na sede do Tribunal de Contas de Mato Grosso, em agosto do ano passado.
“Estamos visitando todas as policlínicas, Upas e unidades de saúde de Cuiabá e o que temos visto é vergonhoso. São muitos pacientes sofrendo. Profissionais reclamando do atraso de salário, bem como na demora no pagamento do prêmio saúde, do adicional noturno, do adicional de férias e ainda do atraso no pagamento de plantões extras. Sem falar das reclamações na insalubridade no trabalho” esclareceu o médico ao enfatizar que é papel do vereador fiscalizar e mostrar para população onde está sendo investido o dinheiro dos impostos que ela paga com sacrifício. “População essa que já paga vários impostos e a partir desse ano está pagando mais ainda, com o aumento do IPTU e cobrança da taxa de lixo”, destacou.
Vale lembrar que Luiz Fernando foi um dos poucos vereadores que votou favorável a instauração da Comissão Processante de Inquérito para investigar o mandato do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), por supostas irregularidades na saúde. Para ser aprovado, o documento apreciado durante sessão ordinária da última terça-feira (07) precisaria de 13 votos favoráveis, porém, contando com Luiz Fernando, apenas nove votaram a favor da abertura do processo.
“É um absurdo ver o que está acontecendo dentro da Saúde e o Plenário da Câmara votar contra a criação de uma comissão que iria investigar um dos prefeitos mais corruptos de toda a história da Capital”, contestou ao argumentar que esse posicionamento a Casa de Leis deixou de cumprir uma das suas principais funções: fiscalizar.