Nove entre dez brasileiros acima de 15 anos tomam café segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). E foi esse público que sentiu no bolso o aumento da bebida mais conhecida no mundo nos últimos cinco anos. A xícara de café no Brasil ficou, em média, 42% mais cara neste período.
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Em 2014, o tradicional cafezinho custava R$ 2,39, e passou para R$ 3,40, em 2018, na média nacional. A variação percentual no custo de uma xícara da bebida é ainda maior se considerado apenas o consumo do produto coado, com alta de 45% , enquanto o café expresso teve alta de 34%, no mesmo período.
Os índices são bem maiores do que a inflação oficial acumulada nesses cinco anos medidos pelo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 29,23%.
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O levantamento, feito pela Ticket e pela Edenred Brasil, com base nos indicadores da Pesquisa +Valor, revela ainda que o cafezinho registrou um incremento no preço maior do que o registrado pelo preço médio da refeição no Brasil, no mesmo intervalo.
De acordo com o levantamento, o gasto médio do trabalhador com o cafezinho supera em 15 pontos percentuais (p.p.) o reajuste de 27% sofrido pela refeição , no período.
Isso porque, como commodity, o café tem seu valor ditado por cotação estabelecida pela Bolsa de Valores de Nova York , um ambiente volátil, que influencia a tarifa dos produtos tanto no mercado físico quanto no futuro.
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Região mais cara
A região Centro-Oeste foi a que registrou a maior variação, com crescimento de 75% no valor pago por uma xícara de café.
A menor variação, no entanto, ocorreu no Nordeste, onde o incremento no custo foi de 35%, passando de R$ 2,62 para R$ 3,54. A variação é 14 p.p. maior que o reajuste aplicado ao preço médio da refeição, registrado em 21% - que passou de R$ 26,98 para R$ 32,66.
"APesquisa +Valor, realizada com mais de 4 mil estabelecimentos em todo o País para medir o preço médio da refeição fora do lar, visa oferecer subsídios às empresas para que possam avaliar o valor do benefício que oferecem a seus empregados", explica Felipe Gomes, Diretor-Geral da Ticket.
Fonte: IG Economia