Diversos postos de combustíveis em Cuiabá amanheceram com filas de condutores que temem falta do produto nas bombas, devido a greve dos caminhoneiros. Além disso, existe a possibilidade do preço aumentar mais ainda, com a escassez.
Na manhã desta quinta-feira (24), a reportagem verificou que alguns postos de Cuiabá já estão cobrando entre R$ 4,37 a R$ 4,49 pela gasolina. A alta é um dos motivos pelas quais os caminhoneiros decretaram a paralisação, no caso do diesel.
Porém, de acordo com o diretor executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipetróleo), Nelson Rodrigues, preços exorbitantes não serão aceitos e a orientação da entidade é para que a população procure a delegacia do consumidor para denunciar abuso.
“A orientação nossa, porque somos a favor desse movimento, é para que o consumidor quando perceber que o posto está praticando preço abusivo, vá imediatamente a delegacia ou procure o Procon da cidade dele e faça a denúncia”, disse em entrevista à Rádio Vila Real.
Conforme Rodrigues, no 4º dia de paralisação, cidades como Diamantino, Paranatinga, Tapurah e Tangará da Serra, já reclamam de falta de abastecimento. Em Sinop, também deve faltar combustível.
“A gente pode afirmar que parte do interior do Estado deve ficar sem combustível. Não chega o produto, porque não consegue passar nos bloqueios e o interior do estado é que deve ser o mais afetado”, disse.
Em Mato Grosso, cerca de 22 pontos em rodovias estaduais e federais estão bloqueados. A categoria, exige que a Petrobrás reveja a nova política de preço aplicada no início deste mês. No país, 18 estados, mais o Distrito Federal registram pontos de paralisação nas rodovias. A informação é da Polícia Rodoviária Federal, que está acompanhando o movimento.