Uma parceira das secretarias de Meio Ambiente (Sema) e Infraestrutura (Sinfra) com a concessionária de energia do estado está criando uma barreira preventiva contra o avanço do fogo no pantanal de Mato Grosso. É um aceiro até com 15 metros de largura e que pode chegar a 150 quilômetros de extensão, percorrendo pontos margem da Transpantaneira, entre a região de Porto Jofre e o limite da região urbana de Poconé.
A ideia da faixa extra de proteção é que ela seja somada a própria estrada, criando um corredor que dificulte a propagação de uma possível queimada de um lado para o outro da via. A Energisa está investindo R$ 300 mil na contratação de maquinários, que estão trabalhando sob orientação do governo.
A empresa já faz parte do Comitê Estadual de Gestão do Fogo, que tem como objetivo promover ações de prevenção, preparação, monitoramento, controle, resposta rápida e responsabilização a incêndios florestais em Mato Grosso. Além dos impactos ambientais devastadores, as queimadas afetam diretamente a rede elétrica, que é suscetível as chamas. Por isso, o aceiro da Transpantaneira também vai ter essa missão de proteger estruturas elétricas.
“A partir destas conversas no comitê, conseguimos ter uma sinalização onde podíamos apoiar de forma imediata. Em duas semanas contratamos as máquinas e liberamos a Sinfra para atuar em outras regiões, como por exemplo, no outro corredor que está sendo feito para proteção do Parque Estadual Encontro das Águas”, explicou o gerente de Construção, Manutenção e Distribuição da Energisa, Rogério Fernandes.
Além da Sinfra, Sema e Energisa, fazem parte do comitê: Corpo de Bombeiros, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Exército Brasileiro, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e demais instituições públicas, empresas privadas, ONGs e entidades de classe.
Mais ações ao longo da Transpantaneira
Uma outra parceria criada dentro do Comitê Estadual de Gestão do Fogo, foi a de criação de cinco corixos artificiais, construídos em pontos estratégicos. O projeto foi idealizado numa parceria entre o senador Wellington Fagundes (PR), presidente da Subcomissão do Pantanal no Senado Federal, o deputado estadual Carlos Avallone, presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, a Energisa e o Governo do Estado. Os corixos estão sendo usados para abastecer represas construídas na mesma área para facilitar o acesso à água tanto pelo Corpo de Bombeiros, quanto pelos animais, incluindo as comitivas de bois e cavalos.