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Jane Claro ao lado do filho soldado
Completa nesta sexta-feira (15), 1 ano e 7 meses da morte do soldado do Corpo de Bombeiros Militar, Rodrigo Patrício Lima Claro, de 21 anos. O jovem teve sua morte confirmada por volta das 22h30 de uma terça-feira (15), após dar entrada com fortes dores na cabeça no antigo Hospital Jardim Cuiabá. Amigos relataram que ele foi submetido a uma sessão de afogamento pela tenente Isadora Ledur, durante treinamento na Lagoa Trevisan, em novembro de 2016. Mais tarde o diagnóstico de Acidente Vascular Cerebral (AVC) foi confirmado.
“15/06/2018... Parece tudo mentira ainda, mas hoje já se completa 1 ano e 7 meses que você foi arrancado de nossos braços filho, arrancado por uma pessoa maldita, covarde, sem amor nem por ela mesma, pois a pessoa que tem amor próximo é incapaz de torturar seu semelhante. Como doe a saudade que sinto de você todos os dias, como doe não ter você conosco, como doe não ter mais seus abraços, como doe meu coração filho”, diz um trecho da publicação no Facebook.
Hoje, cerca de um longo período desta triste história, a família continua clamando por Justiça, pois o caso já passou por diversos desdobramentos. Em uma página criada na internet, a mãe de Rodrigo, Jane Claro, expressou a saudade que sente do filho e relatou os dores que tem enfrentado para superar a perda irreparável. Além disso, ela acusa as autoridades de “impunidade” e cobra atitudes para que o caso seja enfim solucionado.
“Cadê a Justiça desse país meu Deus, cadê as "nossas autoridades"? Até quando vamos ver tanta impunidade, até onde a INJUSTIÇA vai prevalecer?”, critica.
Ação penal
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Tenente Isadora Ledur, acusada de tortura em treinamento que vitimou soldado
O processo que tramita para julgar a tenente do caso, Isadora Ledur, está sendo tratado pela esfera militar. A ação investiga suposto crime de tortura que resultou na morte do soldado.
De acordo com os depoimentos, Isadora teria forçado o rapaz a prosseguir com o treinamento intenso. Amigos, de Rodrigo, relataram tê-lo visto reclamando de dores na cabeça e exaustão. No entanto, só teria sido liberado mais tarde, onde veio a falecer diagnosticado com aneurisma cerebral.
“Meu Deus, venha em nosso socorro, nos ajude a seguir de Pé. Perguntas sem respostas, pois do homem não se pode esperar muitas coisas”, clamou a mãe do soldado.