Novo exame para detecção da intolerância à lactose oferece resultados em menos de 12 horas por meio da endoscopia, mais rápido que o teste genético e não causa o mal-estar do teste oral. A nova metodologia, que está disponível em Várzea Grande na Vida Diagnóstico e Saúde e no Centro de Endoscopia de Cuiabá na capital mato-grossense, realiza uma biópsia do intestino delgado durante o procedimento.
De acordo com o médico endoscopista e novo integrante do corpo clínico do CEC, Joaquim Junior, o procedimento é realizado da mesma forma que uma endoscopia convencional.
“A única diferença é que para o teste coletamos um pequeno fragmento com cerca de 2 milímetros do intestino delgado. A nova metodologia detecta diretamente a deficiência da lactase, enzima que digere o leite e pode ser realizado tanto em crianças quanto em adultos. ”
Além disso, o paciente não precisa ingerir lactose e o tempo da endoscopia aumenta apenas em poucos segundos (tempo necessário para se obter as amostras do duodeno), os riscos relacionados à realização destas biópsias são bastante baixos. O médico endoscopista checa o resultado após 20 minutos do procedimento e o paciente recebe o resultado do teste junto com o resultado do exame de endoscopia.
Joaquim Junior complementa, que o teste que é novidade em Mato Grosso, é o melhor método para o diagnóstico.
“O que nós chamamos na medicina de teste com ‘padrão ouro’. Uma nova possibilidade é sempre bem-vinda, ainda mais quando ajuda pessoas com doenças crônicas, que incomodam muito e afetam os hábitos de vida”, explica o médico endoscopista e novo integrante do corpo clínico da Vida Endoscopia.
A nova metodologia é indicada para todas as pessoas com suspeita da doença, porém possui maior benefício para os pacientes que se submeteram a redução de estômago e para aqueles que já irão realizar a endoscopia como investigação dos sintomas. Dessa maneira evita a realização do teste oral ou genético.
Intolerância à lactose
Muito comum no Brasil, a intolerância à lactose é a incapacidade da enzima lactase, produzida no intestino, digerir baixa ou nenhuma quantidade da lactose presente no leite e seus derivados, sendo mais de 2 milhões de pessoas por ano, afetadas por essa disfunção.
Após a ingestão de alimentos com lactose, pessoas intolerantes costumam ter sintomas como: mal-estar; inchaço no abdômen; cólicas; aumento dos gazes e até mesmo diarreia. Esses indicativos são frequentes na vida de um intolerante a lactose, levando a um insistente incômodo, afetando os hábitos de vida de quem tem a doença.
O tratamento é realizado com a modificação dos hábitos alimentares evitando o leite e seus derivados, e também com a utilização de suplementos à base de lactase, a enzima que digere o leite. (As informações são da assessoria)