O Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) registrou um tremor de terra de 2,8 graus de magnitude na escala Richter, em Porto dos Gaúchos (a 700 km de Cuiabá), no último domingo (26). Não houve vítimas ou danos materiais ocorridos.
Em abril, a USP já havia registrado um tremor de 3,5 graus na escala Richter na cidade. O fenômeno teve profundidade de zero quilômetro, indicando que se trata de um "sismo raso", sem dados suficientes para estimar uma profundidade precisa.
Em janeiro de 1955, Porto dos Gaúchos registrou o maior tremor já notificado no Brasil, de 6,6 graus na escala Richter. O abalo sísmico aconteceu na Serra do Tombador, a 100 km da cidade. Nenhum morador ficou ferido.
A escala
A escala Richter foi criada em 1935 pelo sismólogo estadunidense Charles F. Richter. Essa escala foi desenvolvida para medir a magnitude dos terremotos, que consiste no ato de quantificar a energia liberada no foco do terremoto."
O poder de destruição de um terremoto não está relacionado apenas à sua magnitude, ou seja, nem sempre um sismo de maior magnitude será mais destrutivo que um de menor magnitude. Vários fatores influenciam nesse fenômeno.
Em locais habitados, os terremotos podem ter, na maioria das vezes, os seguintes efeitos:
- Inferiores a 3,5 graus: raramente são notados.
- De 3,5 a 5,4 graus: geralmente sentido, mas raramente causa danos.
- Entre 5,5 a 6 graus: provocam pequenos danos em edifícios bem estruturados, no entanto, seus efeitos são arrasadores em edifícios de estrutura precária.
- De 6,1 a 6,9 graus: causa destruição em áreas de até 100 quilômetros de raio.
- De 8 a 8,5 graus: é considerado um abalo fortíssimo, causando destruição da infraestrutura.
- De 9 graus: destruição total.