Sábado, 06 de Setembro de 2025

O BOM DA VIDA Sábado, 06 de Setembro de 2025, 08:11 - A | A

Sábado, 06 de Setembro de 2025, 08h:11 - A | A

'CORRENDO COM CIÊNCIA'

Estudo acadêmico compara aptidão física de corredores e dançarinos do grupo Flor Ribeirinha

O Bom da Notícia/Assessoria

Comparar os níveis de atividade física e aptidão física de dançarinos e corredores, é o principal objetivo de um estudo de iniciação científica, base do Trabalho de Conclusão de Curso-TCC da universitária Bianca Queiroz Brito, junto com sua orientadora, a professora Doutora, Ana Paula da Silva Azevedo da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

O Projeto de extensão Correndo com Ciência une prática esportiva e conhecimento científico. Ele tem como meta incentivar a corrida e a atividade física, ao mesmo tempo em que promove a divulgação científica de forma acessível e prática para a comunidade. O estudo engloba o projeto da Faculdade de Educação Física e o renomado grupo folclórico Flor Ribeirinha.

Participam 50 voluntários, sendo 25 de cada grupo, com idade entre 18 e 50 anos. Serão aplicados questionários e testes específicos que avaliam resistência cardiorrespiratória, força, flexibilidade e composição corporal. Os resultados poderão ajudar na criação de programas de treinamento personalizados, estratégias de promoção da saúde e até em ações de prevenção de doenças.

Bianca, bolsista da iniciação científica e também dançarina do grupo Flor Ribeirinha, informou que a escolha dos 25 voluntários segue um critério: o participante deve estar no grupo folclórico há mais de um ano, participando ativamente das apresentações e não ter lesões que atrapalhe a atividade da dança. “Este estudo também busca valorizar o aspecto cultural, mostrando que tanto a dança quanto a corrida podem ser caminhos diferentes para alcançar o mesmo objetivo, um estilo de vida mais saudável, ativo e prazeroso”, observou a universitária, frisando que que as diferentes modalidades, como a dança e a corrida, podem trazer melhora nos níveis da aptidão física.

Para o diretor artístico do grupo Flor Ribeirinha, Avinner Silva, o projeto de pesquisa vai de encontro a todo o trabalho desenvolvido pelo grupo. Evidencia toda a aptidão física que os dançarinos vem desenvolvendo nas aulas e nos ensaios. Na sua avaliação, este incentivo a pesquisa também reflete para que outros dançarinos, estudiosos e pesquisadores, olhem para os agentes da cultura de uma forma mais ampliada. “Não é a dança pela dança, não é somente pelo movimento, mas pelos os inúmeros benefícios que a cultura popular pode gerar na vida de um indivíduo, que vai do campo afetivo, do cognitivo ao motor, como este projeto pode evidenciar dentro da UFMT, através da Faculdade de Educação Física”, concluiu Avinner.

Metodologia do estudo

Entre as avaliações estão: o teste de Cooper, correndo ou caminhando durante 12 minutos em uma distância possível. Sentar e levantar de uma cadeira de dimensões padronizadas o maior número de vezes dentro de um intervalo de um minuto.

O salto vertical, realizando o movimento de flexionar os joelhos e os quadris, mantendo o tronco ereto e os olhos voltados para frente, em seguida, realizar um movimento rápido e explosivo de extensão de joelhos e quadris, empurrando com força o chão com os pés e impulsionando o corpo para cima. Ao aterrissarem, devem flexionar os joelhos para amortecer o impacto.

O participante se posiciona sentado com os joelhos estendidos e flexionar o tronco na direção dos pés deslizando um marcador com a ponta dos dedos das mãos sobre uma superfície. Já o teste de sensibilidade plantar, é utilizado para avaliar a capacidade sensorial da planta dos pés. Este teste é realizado em diferentes pontos da sola do pé, com intensidades variadas de pressão, para verificar a capacidade dos participantes de perceber estímulos táteis.

Em relação ao teste de sensibilidade plantar entre os dançarinos do grupo Flor Ribeirinha, o estudo busca analisar possíveis diferenças entre homens e mulheres. Isso porque, no Siriri, os homens costumam dançar de sapato, enquanto as mulheres geralmente dançam descalças. Essa diferença no contato com o solo pode interferir na sensibilidade dos pés, influenciando no desempenho, na percepção corporal e até na prevenção de lesões.