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Foi aberto nesta última quarta-feira (26), um processo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra o deputado José Medeiros (Pode-MT), para analisar se houve quebra de decoro no fato do parlamentar ter chamado seu colega de Parlamento, Aliel Machado (PSB–PR), de "vagabundo".
O fato ocorreu em abril[24], durante sessão no plenário da Casa de Leis federal, após citação por Aliel de uma matéria da Folha de São Paulo, sobre a decisão do governo de Bolsonaro (PSL) que teria supostamente oferecido R$ 40 milhões a parlamentares [por meio da elevação das emendas] em troca de votos pela reforma da Previdência.
Na época o parlamentar socialista paranaense disse que '[..] o governo ofertou R$ 40 milhões para comprar votos. E já está acertando com os deputados. Esta conversa aconteceu na reunião na casa do presidente[...]', quando foi interrompido por Medeiros que xingou o colega de 'vagabundo'.
Em seguida, Medeiros partiu para cima de Machado e precisou ser segurado pelos outros deputados, incluindo Nelson Barbudo (PSL). O suplente Victório Galli (PSL) também estava na sessão.
O processo pode resultar na cassação de Medeiros, caso seja aprovada a representação do Partido Socialista Brasileiro, no plenário da Casa.
Foram sorteados para a relatoria os deputados Luiz Carlos (PSDB-AP), Tiago Mitraud (Novo-MG) e Dr. Vanda Milani (Solidariedade-AC). O presidente do conselho, Juscelino Filho (DEM-MA), escolherá um entre os três para ser o relator do processo.
O relator terá o prazo de 10 dias para reunir provas e apresentar um parecer preliminar, que pode indicar uma punição ou o arquivamento do processo, e que será votado pelo Conselho de Ética.
Caso o Conselho de Ética entenda pela cassação do mandato, Medeiros tem até cinco dias para recorrer à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Se a comissão continuar com o mesmo entendimento, o parecer segue para o plenário da Câmara.