Quarta-feira, 04 de Dezembro de 2024

POLÍCIA Sexta-feira, 08 de Novembro de 2019, 10:06 - A | A

Sexta-feira, 08 de Novembro de 2019, 10h:06 - A | A

MUNDO CÃO

Além de enteada, mulher também teria envenenado avô

O Bom da Notícia

A Polícia Civil solicitou à Justiça autorização para exumação do corpo de Edson Emanoel, avô paterno da menina Mirella Poliane Chue de Oliveira, 11, morta após ser envenenada pela madrasta Jaira Gonçalves Arruda, 42, em junho deste ano.

 

A suspeita é de que o homem também tenha sido envenenado por ela.

 

Jaira foi indiciada nesta quinta-feira (7) pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) por homicídio duplamente qualificado, praticado por envenenamento e motivo torpe. Com a conclusão, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPE). 

 

Durante as investigações, surgiu a suspeita de que Jaira tenha envenenado o avô de Mirella, responsável pela guarda da menor. Por isso, a Deddica solicitou novos exames que contataram essa possibilidade. Edson Emanuel morreu em março de 2018. Após a morte dele, a menina passou a ficar sob os cuidados da madrasta e do pai. 

 

“Para confirmar essa suspeita, será necessária a exumação do corpo do avô para coleta de material e exames, que possam apontar vestígios de veneno o que, devido ao tempo, pode não ser possível”, explicou a Polícia Civil. 

 

A Deddica já pediu autorização à Justiça para que uma cópia do inquérito seja encaminhada à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que será responsável em investigar a suspeita de envenenamento de Edson. 

 

Com a conclusão do inquérito, Jaira teve a prisão temporária convertida para preventiva e segue no presídio feminino Ana Maria do Couto May. 

 

O crime 

Após várias internações, Mirella morreu em junho de causa indeterminada. No entanto, após exames apontaram que no sangue da vítima havia duas substâncias, uma delas é o veneno que provoca intoxicação crônica ou aguda e a morte.

 

Durante as investigações, a polícia descobriu que a menina vinha sendo envenenada aos poucos pela madrasta, que visava uma indenização recebida por ela em decorrência da morte de sua mãe por erro médico logo após o parto.

 

Para os investigadores, ficou claro que o crime foi premeditado e praticado em doses diárias por 2 meses. O veneno usado pela suspeita é proibido no Brasil.

 

A indenização pela morte da mãe de Mirella é de R$ 800 mil e foi ganho pela família após 10 anos da morte dela. Parte do dinheiro seria movimentado somente após a menina completar 18 anos. (Com informações da assessoria de imprensa)