O pedreiro Gilberto Rodrigues, autor do quádruplo feminicídio em Sorriso (397 Km de Cuiabá), foi indiciado nesta última quarta-feira(06), pelos estupros e assassinatos de Cleci Calvi Cardoso (46) e de suas filhas Miliane Calvi Cardoso (19) e Manuela Calvi Cardoso (13). A quarta vítima, Melissa Calvi Cardoso, de 10 anos, foi morta por asfixia.
O crime ocorreu na madrugada de 25 de novembro e apresentado pela polícia dois dias mais tarde, 27.
Considerado pelo delegado da Polícia Civil, Bruno França, responsável pelo caso, como um serial killer, o inquérito contra o feminicida foi encaminhado ao Poder Judiciário do Estado.
Gilberto que é réu confesso, esfaqueou suas vítimas por várias vezes e as estuprou enquanto agonizavam. Ele foi indiciado pelos homicídios com qualificadoras de meio cruel, recurso que impossibilitou defesa da vítima, garantia da execução de outro crime e menosprezo à condição de mulher (feminicídio). Contra as vítimas menores, o assassino recebeu ainda a qualificadora de crimes cometidos contra menores de 14 anos, previsto na Lei Henry Borel.
Além dos homicídios qualificados, Gilberto foi indiciado pelos crimes de estupro contra as três vítimas, à exceção de Melissa Calvi Cardoso, de 10 anos, morta por asfixia.
Cleci Calvi Cardoso e suas três filhas foram encontradas mortas dentro de uma casa, no Bairro Florais da Mata, em Sorriso. O assassino Gilberto Rodrigues dos Anjos foi preso ainda no dia da chacina e confessou as mortes. Ele trabalhava em uma construção civil, ao lado do local da chacina, e foi preso durante o serviço.
Os policiais encontraram com o assassino uma peça íntima de uma das vítimas, que foi recolhida pela Politec. Os corpos foram encontrados por uma equipe de agentes das forças de segurança em Sorriso.
Pouco dias depois, à imprensa, o delegado Bruno França apontou Gilberto como um serial killer, um predador voraz capaz de sentir quaisquer sentimentos pelas suas vítimas.
"Todas as provas indicam que ele é um predador em série. Depois de confessar o crime, ele apontou onde havia guardado os instrumentos e mostrou onde estava guardada as suas roupas sujas de sangue e as de suas vítimas que levou como lembrança, então é muito claro que a pessoa sabia do que estava fazendo, e com esse tipo de ato calculista, ato de quem pensa, reflete, leva lembrança", disse.
Ainda, de acordo com o delegado, o caso ficará marcada na vida de todos os profissionais da segurança pública que atenderam a ocorrência.
Gilberto já estava foragido por crime sexual no município de Lucas do Rio Verde, a 360 km da capital, e por latrocínio – roubo seguido de morte – em Mineiros (GO), quando matou um jornalista enforcado em 2013.
Diante do crime bárbaro que chocou Mato Grosso e todo o país, a Polícia Civil transferiu o criminoso, inicialmente, para a penitenciária de Sinop, temendo um linchamento. Mais tarde, para a Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, onde aguardará ir à Júri Popular.