Quinta-feira, 28 de Agosto de 2025

POLÍCIA Quinta-feira, 28 de Agosto de 2025, 16:49 - A | A

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MARCA REGISTRADA

Polícia e Procon fecham lojas que vendiam roupas falsificadas na Grande Cuiabá

O Bom da Notícia/Assessoria

A Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), com apoio de policiais de diversas unidades de Cuiabá, além de fiscais do Procon Estadual, Procon Municipal e servidores da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Sorp) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (28), a Operação Marca Registrada, para combater a venda de roupas de grife falsificadas em outlets da Capital e de Várzea Grande.

As investigações identificaram que grandes outlets da região metropolitana vinham comercializando camisas, calças, calçados e acessórios falsificados de marcas conhecidas no Brasil e no exterior, vendidos por valores muito abaixo do mercado.

“O crescimento desenfreado desses comércios ilegais tem causado sérios prejuízos a quem trabalha de forma honesta. Empresários que investem em fábricas, lojas e empregos formais acabam sendo sufocados pela concorrência desleal da pirataria, que não cria postos de trabalho e ainda alimenta o contrabando, o descaminho e até mesmo facções criminosas”, afirmou o delegado Rogério Ferreira, titular da Decon.

Muitos desses produtos chegam a Cuiabá e Várzea Grande vindos de polos como a Rua 25 de Março, em São Paulo, onde mercadorias contrafeitas entram ilegalmente no país sem qualquer controle e sem o pagamento de tributos.

De acordo com o Fórum Nacional Contra a Pirataria, em 2024 o Brasil perdeu R$ 468 bilhões com contrabando, falsificações e pirataria. Só o setor de vestuário, o mais atingido, registrou prejuízo de mais de R$ 87 bilhões.

Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com Fiesp e Firjan, revelou que, em 2023, cerca de 370 mil empregos formais deixaram de existir por causa da pirataria, sendo 64 mil apenas no setor de roupas e calçados.

“São milhares de famílias que poderiam ter renda e dignidade, mas acabam perdendo seus empregos e espaço para o comércio ilegal, que gera esses postos de trabalho e renda em outros países”, disse o delegado.

Nesta quinta-feira (28), seis lojas em Cuiabá e Várzea Grande foram vistoriadas e milhares de peças de roupas de grife falsificadas foram apreendidas. Os produtos passarão por perícia e, após decisão judicial, serão destinados a famílias carentes, instituições de acolhimento de idosos e centros de convivência de todo o Mato Grosso.