Sábado, 27 de Julho de 2024

POLÍTICA Sexta-feira, 25 de Novembro de 2022, 11:38 - A | A

Sexta-feira, 25 de Novembro de 2022, 11h:38 - A | A

NOVOS TEMPOS

Agrônoma quilombola de MT que defende a agroecologia compõe equipe de transição de Lula

O Bom da Notícia/ Com assesssoria

Levando conhecimentos ancestrais de plantio saudável, a engenheira agrônoma mato-grossense Francileia Paula de Castro participa da equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela foi indicada à compor o Grupo de Trabalho de Desenvolvimento Agrário pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ).

Ela é uma mulher negra, engenheira agrônoma formada pela Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) e mestra em Saúde Pública pela ENSP/FIOCRUZ. Atua como educadora popular na Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE), com sede em Cáceres (MT).

Fran Paula pesquisa os impactos dos agrotóxicos na saúde e no ambiente, agroecologia, soberania e segurança alimentar, cultura alimentar e sementes crioulas.

“Uma honra para mim representar a mulher quilombola mato-grossense na equipe de transição de Lula, levando os conhecimentos do meu povo, garantindo a devida atenção à agroecologia, o respeito ao meio ambiente e a qualidade da comida na mesa do brasileiro”, ressalta Fran Paula.

Segundo ela, o chamamento de personalidades que pensam como ela sinaliza para o resgate de uma gestão que valoriza a agricultura familiar e dos povos tradicionais do Brasil.

“Este novo governo vem trazendo esse desenho de retomada, incluindo a política agrária. E minha atuação vai ser na representação das comunidades quilombolas e na defesa desses sistemas agrícolas tradicionais, agroecológicos, que produzem alimentos saudáveis, livres de agrotóxicos, transgênicos e outros produtos químicos, mas que também são sistemas muito resilientes a mudanças climáticas, tendo uma contribuição muito positiva para o planeta como um todo”.

A CONAQ, que indicou Fran Paula, é uma organização muito forte, que já soma duas décadas de luta dos quilombolas. E representa a resistência de homens e mulheres negros, seus conhecimentos, sua cultura e direitos.