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POLÍTICA Quinta-feira, 24 de Dezembro de 2020, 08:31 - A | A

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"INÚMERAS VANTAGENS"

Ao avalizar BRT, Wilson Santos diz que 'várias cidades brasileiras podem atestar sua eficiência'

Marisa Batalha/O Bom da Notícia/Com Assessoria

O deputado tucano, Wilson Santos, avalizou nesta última quarta-feira(23), a escolha do governador democrata, Mauro Mendes, de substituir a execução do Veiculo Leve Sobre Trilhos, pelo Ônibus de Trânsito Rápido (BRT).

O parlamentar tucano é o terceiro deputado estadual que vem a público aplaudir a decisão do governo do Estado. O primeiro foi o presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (DEM), ao lembrar que a decisão de Mendes teria sido pautada em estudos técnicos, que apontaram que os erros nas obras do VLT seriam 'insanáveis' e ainda que as obras do modal estão paradas desde 2014. Depois foi a vice-presidente do Legislativo mato-grossense, Janaina Riva(MDB) que revelou estar convencida que o BRT será melhor para Cuiabá e Várzea Grande. Chegando a admitir que, porém, antes de ter acesso ao estudo técnico ainda tinha dúvidas sobre a viabilidade de ambos. 

“Depois de ver todos os pontos do projeto achei corajosa e pontual a atitude do governo do estado. Foram dois anos de muito estudo, para a tomada de decisão. Me deixando convicta de que o BRT é o melhor modal para nossa realidade, inclusive porque pode ser expandido e atender mais pessoas".

Nesta mesma linha, o deputado tucano, Wilson Santos, igualmente, acha que a decisão governamental foi acertada  quanto a implantação na Grande Cuiabá, do BRT[ônibus movidos a eletricidade]. Lembrando que este sistema de transporte já está implantado e em pleno funcionamento em várias cidades do Brasil, o que atesta sua eficiência.

Parabéns ao governo que decidiu, enfim. A pior resposta era a indecisão, a continuidade desse assunto, em uma obra paralisada há anos. Entrava ano e saía ano e tudo parado. E o contribuinte pagando,

As declarações de Santos foram feitas após reunião entre Mendes e os deputados estaduais, no Palácio Paiaguása, quando o gestor estadual apresentou os estudos técnicos elaborados pelo Governo do Estado e pelo Grupo Técnico criado na Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, que subsidiaram a decisão de mudança do modal.

“A decisão do governador de optar por este modal foi acertada. Esse modal está em Curitiba, está sendo implantado em São José dos Campos, em Campinas, no Rio de Janeiro. O VLT do Rio de Janeiro, por exemplo, está próximo da falência. O Brasil não tem essa cultura ainda e Cuiabá e Várzea Grande vão receber o modal que lá em 2010 deveria ter sido feito”, disse Wilson.

Ainda segundo o deputado, a mudança traz inúmeras vantagens, principalmente ao cidadão usuário do sistema de transporte coletivo, quando no comparativo com a implantação do VLT. Isso porque o valor da tarifa será mais acessível, a possibilidade de prolongamento dos corredores do BRT é maior, além de ser uma obra de mais rápida execução e de menor custo.

“Muito mais barato, mais rápido para construir, velocidade maior, leva mais gente. Se quiser expandir para o Pedra 90, vai, para o Santa Isabel também, lá para o Três Barras. Muito mais rápido. Parabéns ao governo que decidiu e decidiu acertadamente”, afirmou.

A tarifa está prevista para ser na faixa de R$ 3,04, enquanto que com o VLT, a tarifa ficaria em torno de em R$ 5,28. Já os investimentos estão estimados na ordem de R$ 430 milhões, com aquisição de 54 ônibus elétricos, e as obras devem durar até 24 meses.

O VLT, por outro lado, custaria em torno de R$ 763 milhões para a conclusão das obras, que tem previsão de término somente em 48 meses. “A malandragem, propina e corrupção fez do processo do VLT estar completamente contaminado. Isso não se resolve em menos de 20 anos juridicamente e não é justo para o contribuinte que isso se arraste, com obra parada”, disse o deputado, que já foi prefeito de Cuiabá.

Wilson parabenizou ainda a coragem da atual gestão do Governo, de apresentar uma solução para o imbróglio sobre a retomada ou não do modal de transporte. “Parabéns ao governo que decidiu, enfim. A pior resposta era a indecisão. A continuidade desse assunto, em uma obra paralisada há anos. Entrava ano e saía ano e tudo parado. E o contribuinte pagando [...]Assim, esta é uma decisão acertada.”, concluiu.

Como Botelho e Wilson, a prefeita de Várzea Grande, a democrata Lucimar Campos, referendou a decisão do governador Mauro Mendes, que anunciou a troca do VLT pelo BRT no início da semana.

Ao ponderar sobre a necessidade de se levar em consideração as necessidades da população e, sobretudo, o fim do imbróglio jurídico em torno do modal que interliga Cuiabá e Várzea Grande.

"Toda iniciativa voltada para atender a população que necessita de um transporte de massa eficiente, condizente com a realidade e que justifique os preços praticados é bem-vinda", disse a prefeita.

Mas apesar dos estudos e do possível fim do imbroglio jurídico com a substituição do VLT para o BRT, o prefeito reeleito, Emanuel Pinheiro(MDB), se posicionou contra a mudança do modal. Em conversa com jornalistas em frente a Catedral de Cuiabá, após missa especial de Natal, nesta última terça-feira (22), Pinheiro - que se recusou a se reunir na segunda com o governador, alegando choque de agenda -, disse que o governador teria tomado a decisão sozinho, sem a participação das prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande e ainda da bancada federal.

"Agora, só fazer uma reunião e comunicar a decisão, não foi legal", ainda frisando que a maneira como o governador decidiu a mudança mostrou 'falta de respeito com Cuiabá e Várzea Grande'.

Fiemt e Aprosoja comemoram mudança

O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo de Oliveira, aplaudiu a decisão de Mendes nesta última terça, classificando-a com 'acertada'. Por meio de vídeo postado no seu Instagram, Gustavo registrou seu total apoio à decisão do Governo do Estado, revelando que o gestor estadual não só propôs um novo projeto de mobilidade urbana para a Grande Cuiabá, como a substituição é 'mais adequada e mais moderna'. E, sobretudo, que o BRT vai trazer maior conforto ao usuário do transporte coletivo, sem que isso traga custos maiores à sociedade.

Como a Fiemt, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) manifestou total aprovação à decisão do Governo de Mato Grosso pela substituição do modal. Em nota encaminhada aos mailings dos sites nesta terça, a entidade declarou que aa decisão marca o fim de um imbróglio, determinando o início de um ciclo de melhor qualidade de transporte público para a população cuiabana'.