O deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos), na quarta-feira (10), defendeu que os partidos com posicionamento político à direita estejam alinhados em 2026 e tenham como objetivo impedir a reeleição do presidente Lula (PT).
Ele deu essa declaração após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) indicar o filho e senador, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), como pré-candidato a presidente. A decisão, contudo, dividiu a opinião dos políticos de direita.
Questionado se a indicação enfraqueceria o projeto à presidência do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Diego disse que o correligionário é fiel a Bolsonaro e seguirá a orientação para evitar rupturas.
“Temos convicção de que o Tarcísio é a maior liderança política dentro do Republicanos: é governador do maior Estado do Brasil, tem uma aprovação singular e uma reeleição garantida em São Paulo. A política muda a todo o momento e tenho certeza de que nosso partido precisa estar unido com a direita para vencermos o Lula em 2026”, pontuou.
“O melhor caminho é a direita estar unida. Não podemos ter a direita rachada. O governador Tarcísio sempre deixou clara a sua lealdade ao Jair Bolsonaro. Ele externou isso de maneira muito clara no seu posicionamento nesta semana de que, se esse é o desejo do Jair Bolsonaro, ele seguirá”, acrescentou.
Conforme Diego, as lideranças partidárias do Republicanos afirmaram que respeitarão a vontade pessoal de Tarcísio. O governador, então, teria apoio para disputar a presidência ou recuar e apoiar um aliado.
“A decisão será pessoal, certamente. Vai ouvir os companheiros, mas a decisão será pessoal. Conversei com alguns dirigentes partidários nossos e eles falaram ‘Diego, a decisão partirá do Tarcísio. Se o Tarcísio quer apoiar o Flávio, nós vamos apoiar’. Ele sempre deixou muito clara a sua lealdade ao Bolsonaro e não tenho dúvida de que manterá”, contou.
“Tentativa de sobrevivência”
O deputado estadual Diego Guimarães afirmou que a indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro para o seu filho e senador, Flávio Bolsonaro, concorrer à presidência seria uma estratégia de fortalecer a direita.
Diego, ainda, avaliou que Jair Bolsonaro enfrenta uma prisão “absurda e arbitrária”, decretada sem o “devido processo legal”. O ex-presidente está preso desde o dia 22 de novembro por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de tramar um golpe contra a democracia.
“O Flávio deixou claro que [ser indicado como pré-candidato a presidente] é uma medida que precisava ser tomada devido ao cenário nacional, especialmente quanto à prisão decretada de seu pai. Entendemos que é uma prisão absurda, arbitrária, que não cumpriu o devido processo legal. Infelizmente, Bolsonaro está sofrendo uma prisão política. Esse movimento foi uma tentativa de sobrevivência da direita e de salvar o Bolsonaro”, completou.
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