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POLÍTICA Sábado, 22 de Maio de 2021, 12:00 - A | A

Sábado, 22 de Maio de 2021, 12h:00 - A | A

PRODUÇÃO EM MASSA

Ao defender produção de vacinas pelo agro, senador diz que laboratórios têm biossegurança máxima

Vivian Nunes / O Bom da Notícia

Reprodução

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O senador Wellington Fagundes (PL), relator da Comissão da Covid-19 no Senado, confirmou na última quinta-feira (20), a existência de uma terceira onda do coronavírus na Índia, com capacidade de transmissão e letalidade maiores. 

Ao apontar que o Brasil, inclusive, também corre o risco de enfrentar uma cepa mais grave da doença nos próximos meses.

“Temos que reconhecer que o Brasil é um país que não tem hábito de planejamento e, por falta disso, nós pecamos demais. No início da pandemia, a doença começou na China, seguindo para a Europa, depois para os Estados Unidos e só depois chegou no Brasil. Entretanto, aqui, infelizmente, nós tivemos que enfrentar mutos problemas. Até por conta da politização, primeiro, da doença e agora com a vacinação”, disse.

O parlamentar ressaltou que passado mais de um ano da pandemia, o Brasil ainda não iniciou a produção de vacinas, citando inclusive, uma projeção feita pela Universidade de Washington, nos Estados Unidos, que aponta que até 1º de julho, o país pode alcançar a marca de 562,8 mil mortes em decorrência do novo coronavírus.

Vale lembrar que o senador é autor do Projeto de Lei nº 1.343/2021, que autoriza laboratórios veterinários a produzir vacinas contra a Covid-19. A proposta prevê a produção de 400 milhões de doses de imunizantes, com tecnologia de vírus inativado, em 90 dias.

A vacina veterinária é mais controlada do que a vacina humana porque há fiscalização. As empresas de produção de vacina veterinária têm um nível de segurança máxima

Em entrevista ao O Bom da Notícia, Fagundes chegou a afirmar que os laboratórios de saúde animal têm um nível de biossegurança máxima e uma capacidade de produção muito grande, impressionando, inclusive, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que já adiantou que aprovará a proposta.

Segundo ele, o Brasil tem 22 fábricas de saúde animal, que produzem muita proteína animal para alimentar a população brasileira e ainda para a exportação. “Os países são muito exigentes. A vacina veterinária é mais controlada do que a vacina humana porque há uma fiscalização minuciosa. As empresas de produção de vacina veterinária têm um nível de segurança de excelência”, explicou Fagundes.

Na última sexta-feira (20), Wellington foi até Cravinhos, em São Paulo, para visitar uma das indústrias veterinárias. O grupo, composto por senadores da comissão e membros do Governo Federal – como os ministros Marcelo Queiroga, da Saúde e Flávia Arruda, da Secretaria de Governo –, foram avaliar as instalações, que podem produzir mais de 400 milhões de doses de vacina contra o novo coronavírus em até 90 dias, segundo previsões do Sindicato Nacional das indústrias de Produtos para a Saúde Animal (Sindan).

“Essa indústria pode ser a solução dos brasileiros e ainda ajudar outros países. Nós temos que fabricar a vacina porque o Brasil é um país de quase 300 milhões de habitantes e as novas cepas estão chegando e cada vez mais letais”, afirmou.

Fagundes salientou ainda que a vacina contra a covid-19 terá que ser tomada, à exemplo de outras, todos os anos, como a vacina contra a gripe. “Por isso, fabricar vacina no Brasil é necessário hoje, amanhã e em muitos anos”, concluiu.

Assista abaixo a íntegra da live: