Segunda-feira, 10 de Fevereiro de 2025

POLÍTICA Quinta-feira, 06 de Junho de 2024, 16:43 - A | A

Quinta-feira, 06 de Junho de 2024, 16h:43 - A | A

OPERAÇÃO RAGNATELA

Chico aguarda documentação para decidir futuro de vereador alvo de operação contra o CV

Luciana Nunes/ O Bom da Notícia

Em entrevista às jornalistas nesta quinta-feira (6), o presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL) disse que aguarda a documentação oficial sobre a relação e o envolvimento do vereador Paulo Henrique (MDB) - um dos alvos da Operação Ragnatela -, deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (Ficco-MT), contra o Comando Vermelho que usava casas noturnas cuiabanas para realizar lavagem de dinheiro.

Conforme as investigações, o vereador que já foi líder do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). na Câmara, é suspeito de auxiliar a facção criminosa CV no esquema. 

Além dele foram alvos da operação da Polícia Federal, Rodrigo de Souza Leal, que era coordenador de cerimonial, Elzyo Jardel Xavier Pires e Willian Aparecido da Costa Pereira, ambos assessores parlamentares do vereador, foram exonerados uma vez que os mesmo foram presos.

“Com relação ao vereador é natural que nós precisamos aguardar a oficialização de tudo isso aí. Já comecei a conversar com o procurador, vou pedir a ele que nos traga situações oficiais, se necessário que vá conversar com essa equipe de policiais que fez todo o trabalho, para ver o que nós poderemos receber de informações oficiais”,  explicou o presidente.

Chico explica que no caso do parlamentar é preciso seguir o regimento interno e no casos dos servidores foi aplicado o ato administrativo.

“Somos submissos a um regimento interno, a um código de ética no que se refere ao vereador. No que se refere aos servidores é ato de gestão. E, tão logo soube da prisão de três pessoas que trabalham aqui na Casa, imediatamente nós fizemos a exoneração dos três, essa é uma medida permitida ao presidente. Se nós temos informações e evidências mais de uma mídia de que os três estão presos, eu vou esperar o quê? Agora, eles são inocentes, não tem problema, vamos readmiti-los, mas neste momento estão presos, nem cumprir suas funções na Casa viram, por isso, tive que exonerá-los”, acrescentou.

Segundo a Polícia Federal, a investigação ainda deve apurar qual a verdadeira relação do parlamentar com o empresário e servidor da Câmara, Willian Aparecido da Costa Pereira, mas adiantou que ele tinha contato direto com o rapaz, inclusive com trocas de favores.

Consta na investigação que criminoso compraram uma casa noturna em Cuiabá pelo valor de R$ 800 mil, pagos em espécie. Além disso, quatro casas de shows tiveram as atividades suspensas e contas dos alvos foram bloqueadas.