Por meio de nota encaminhada à imprensa, a empresa de gestão de saúde, MedTrauma antecipou o fim do vínculo profissional com a Prefeitura de Cuiabá, e estará atendendo os pacientes e cirurgias agendadas até o início da noite de sexta-feira (23).
“Nos últimos dias, tentamos de todas as formas buscar soluções diante do decreto do senhor Prefeito que suspendeu o contrato da MedTrauma e de outra norma, editada pela Empresa Cuiabana de Saúde, que na prática revogava o objeto do contrato firmado com nossa empresa. Ainda assim, sempre colocamos a saúde em primeiro lugar e o atendimento aos pacientes como nossa missão”, diz início do comunicado enviado à imprensa.
Ainda no comunicado a MedTrauma ressaltou as difculdades enfrentadas recentemente, como a falta de materiais para realizar cirurgias, além do atraso no pagamento do repasse pelo contrato
“Ainda assim, buscamos manter o atendimento, arcando com pesados prejuízos. Até mesmo a falta de material para realizar cirurgias, que antes estavam zeradas, passou a acontecer nos últimos dias”, acrescentou.
Vale lembrar que a empresa é alvo de de investigações por supostas irregularidades na execução de serviços ortopédicos em hospitais de Mato Grosso, e a decisão foi tomada após a prefeitura de Cuiabá enviar uma comunicação sobre a empresa não poder contar mais com a confiança das autoridades municipais.
Também por meio de nota a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá informou que irá realizar contratação emergencial e substituirá Medtrauma na sexta-feira.
“A contratação terá toda segurança jurídica, com acompanhamento e avaliação do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT) e do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT). Com a decisão, a população não ficará desassistida nos casos de procedimentos cirúrgicos ortopédicos no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC)”, diz trecho da nota da prefeitura.
Em paralelo a isso a prefeitura informou que está em andamento procedimento licitatório para a contratação de nova empresa em caráter definitivo.
Em reunião realizada nesta quarta-feira (22), o presidente do TCE-MT, conselheiro Sérgio Ricardo, concordou em realizar o acompanhamento da contratação, aumentando a segurança jurídica do novo contrato.
Com a decisão, a população não ficará desassistida nos casos de procedimentos cirúrgicos ortopédicos no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).
Como afirmado anteriormente, não ocorreu cancelamento de procedimentos cirúrgicos após o decreto de suspensão do contrato com a empresa. O procedimento, na verdade, foi de reagendamento, com todos os pacientes sendo atendidos normalmente em seguida.
Veja as notas
ESCLARECIMENTO:
À população de Cuiabá
Recebemos na quarta-feira, com enorme surpresa, a comunicação da prefeitura de Cuiabá de que a MedTrauma não conta com a confiança das autoridades municipais.
Nos últimos dias, tentamos de todas as formas buscar soluções diante do decreto do senhor Prefeito que suspendeu o contrato da MedTrauma e de outra norma, editada pela Empresa Cuiabana de Saúde, que na prática revogava o objeto do contrato firmado com nossa empresa.
Ainda assim, sempre colocamos a saúde em primeiro lugar e o atendimento aos pacientes como nossa missão.
Mas, diante da comunicação de que a MedTrauma está sofrendo uma “auditoria” - que não é apenas financeira e pode incluir também todos os procedimentos médicos e clínicos - entendemos que não podemos estar sendo questionados pelo Poder Público e, ao mesmo tempo, continuar prestando atendimento.
A MedTrauma fez de tudo para colocar seu compromisso com os pacientes da capital em primeiro lugar, sacrificando até mesmo sua saúde financeira: a empresa está há mais de 3 meses sem receber da Prefeitura, o que configura a condição para a rescisão contratual. Ainda assim, buscamos manter o atendimento, arcando com pesados prejuízos.
Até mesmo a falta de material para realizar cirurgias, que antes estavam zeradas, passou a acontecer nos últimos dias.
Todavia, o fato novo de quarta-feira levanta uma questão ética: como profissionais de saúde que lidam com vidas humanas podem continuar a cumprir o seu ofício se, publicamente, não contam com a confiança de seu contratante?
Dessa forma, entendemos que o mais ético a fazer é aguardar o resultado final da auditoria e suas conclusões. Se o Poder Público se tornar fonte de insegurança e imprevisibilidade, nosso dever é colaborar para que a normalidade seja o mais rapidamente retomada, em nome do interesse público.
Assim, estamos anunciando a antecipação do fim de nosso vínculo profissional com a prefeitura de Cuiabá.
Estaremos atendendo até as 19 horas desta sexta-feira (23), em respeito aos pacientes e cirurgias já agendadas.
Lamentamos profundamente que a situação criada, totalmente à nossa revelia, tenha chegado a esse ponto.
A vida e a medicina são questões que não podem ser tratadas com nada menos do que absoluto rigor, respeito e responsabilidade.
É em nome desses princípios que tomamos a decisão de permitir à Prefeitura que possa atender à população com outros profissionais, que sejam de sua absoluta confiança, para o bem da população e de todos os pacientes.
MedTrauma
-Secretaria Municipal de Saúde realiza contratação emergencial e substituirá Medtrauma na sexta
Após inúmeras tentativas de negociação, que não tiveram sucesso em razão de decisão da empresa de não dar continuidade aos serviços médicos e aguardar auditoria, a Secretaria Municipal de Saúde anuncia a substituição da empresa Medtrauma Serviços Médicos Especializados Ltda na próxima sexta-feira (23).
A contratação terá toda segurança jurídica, com acompanhamento e avaliação do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT) e do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT).
Em reunião realizada nesta quarta-feira (22), o presidente do TCE-MT, conselheiro Sérgio Ricardo, concordou em realizar o acompanhamento da contratação, aumentando a segurança jurídica do novo contrato.
Com a decisão, a população não ficará desassistida nos casos de procedimentos cirúrgicos ortopédicos no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).
Como afirmado anteriormente, não ocorreu cancelamento de procedimentos cirúrgicos após o decreto de suspensão do contrato com a empresa. O procedimento, na verdade, foi de reagendamento, com todos os pacientes sendo atendidos normalmente em seguida.