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POLÍTICA Quinta-feira, 19 de Novembro de 2020, 18:55 - A | A

Quinta-feira, 19 de Novembro de 2020, 18h:55 - A | A

ELEIÇÃO 2020

Mauro garante apoio e voto em Abílio: não dá pra votar em quem faz esquemas

Rafael Martins/O Bom da Notícia

Governador Mauro Mendes (DEM) anunciou, agora, oficialmente, nesta quinta-feira (19), em conversa com jornalistas, em uma cerimômia de pactuação do Plano Estadual do Programa Fazendo Justiça, seu apoio ao candidato Abílio Júnior (Podemos), na disputa pela Prefeitura de Cuiabá. 

Mendes deixou claro que não vota em alguém que está “envolvido em esquemas de corrupção”.

“O meu voto é do Abílio e meu apoio é do Abílio”, declarou o democrata, ao ser questionado se irá abraçar a campanha do vereador, que enfrenta o seu inimigo político Emanuel Pinheiro (MDB), no segundo turno da disputa pela Prefeitura de Cuiabá.

O chefe do Executivo Estadual ainda comentou que os servidores do Estado, que hoje anunciaram apoio a candidatura de Emanuel Pinheiro, estão no direito deles e afirmou que respeita a opinião do amigo Blairo Maggi em apoiar o prefeito, mas minimizou sua manifestação, por seu domicílio eleitoral ser em Rondonópolis.

Mas ao site O Bom da Notícia, Maggi falou claramente que o PP, seu partido, por uma questão de coerência, continuaria com Emanuel, mas ele não, lembrando que, inclusive, nem vota em Cuiabá. Assim, não teria entrado no processo eleitoral da capital no primeiro turno, e nãi iria fazê-lo, agora, no segundo.
 
“É um direito que eles [servidores] tem. Todo mundo tem o direito de apoiar quem quiser... Não falei com o Blairo e vi só foto, mas ele nem vota aqui. Eu respeito a opinião do Blairo e a de qualquer um. Isso faz parte da democracia, porém, eu, Mauro Mendes, como cidadão e como governador, não apoio quem está amplamente envolvido em esquema de corrupção”, declarou.

Na área social, Mendes lembrou vem que desenvolvendo um importante trabalho no Estado com apoio da primeira-dama, contemplando diversos municípios com diferentes ações voltadas à população como distribuição de cobertores, cestas básicas. “São 330 mil cestas básicas compradas e distribuídas em todo o Estado. Em Cuiabá, lamentavelmente, não conseguimos trabalhar bem com a atual administração”, disse o democrata.

Botelho

O governador minimizou um suposto 'atrito' de Abílio com o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), que no primeiro turno declarou que o vereador é incapaz de governar a capital.

Para Mendes, o deputado estadual é um dos maiores políticos do Estado e que o Abílio entende isso.

Mendes e a prefeitura

Prefeito de Cuiabá, e candidato à reeleição, Emanuel Pinheiro (MDB), fez um duro discurso contra o governador Mauro Mendes (DEM), na manhã desta quinta-feira (19), em reunião com o Fórum Sindical na Capital, onde assinou uma carta de intenções com o grupo se comprometendo a apoiar o funcionalismo público. Ao público, Pinheiro falou que Mendes tenta “tomar” a prefeitura de Cuiabá no “ódio”.

“Nós não podemos nos acovardar neste momento. Agora com este temperamento praticamente imperialista, ele quer ampliar a sua força política e quer, movido pelo ódio e pela insensibilidade, tomar a prefeitura de Cuiabá [...] A candidatura do nosso adversário [Abílio] está sendo patrocinada, montada, equipada, estimulada pelo Palácio Paiaguás”, diz ele.

Emanuel Pinheiro “mandou” o governador Mauro Mendes “tirar a máscara”. “Sempre fica lá 'não, não sou candidato'. A primeira dama que vai... Lança o apoio para ele. Dá uma que não tem [candidato], porque afundou o Roberto França. Tá preocupado de afundar o outro. Então bota só a mulher e dá uma de isentão. Não tem isenção nenhuma. Tira a máscara, descerra a cortina”, orientou Emanuel Pinheiro.

O prefeito de Cuiabá analisou, ainda, que vive o mesmo momento de 2016 – quando disputou a prefeitura com o deputado estadual Wilson Santos (PSDB), que era apoiado pelo então governador Pedro Taques (Solidariedade). Como Mendes, o ex-chefe do Executivo de Mato Grosso também não tinha o apoio dos servidores públicos.

“Por incrível que pareça, estamos voltando a viver o mesmo momento truculento de 2016. Um governo frio, truculento, que zomba dos servidores”.