A disposição do presidente Jair Bolsonaro de indicar o próprio filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), ao cargo de embaixador brasileiro nos Estados Unidos gerou controvérsia entre seus apoiadores nas redes sociais.
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A maioria é contra. Dentre as publicações sobre o tema com maior engajamento nos últimos dois dias, somente as da deputada Carla Zambelli (PSL -SP) e do próprio presidente apoiavam a indicação. Ontem (14), Janaina Paschoal (PSL), a deputada estadual por São Paulo mais votada, questionou a indicação em uma sequência de publicações no Twitter.
‘Quem fez Eduardo Bolsonaro deputado federal foi o povo. Isso precisa ser respeitado. Crescer, muitas vezes, implica dizer não ao pai.’ Em linha semelhante, o escritor Olavo de Carvalho disse que a tarefa de embaixador seria incompatível com a ‘missão’ de Eduardo dada pelo seu pai: a criação de uma CPI no Congresso sobre o Foro de São Paulo.
Segundo Olavo, a criação da CPI corre riscos se não for assumida por Eduardo. ‘Isso aí seria um retrocesso, a destruição da carreira do Eduardo’, afirmou o guru bolsonarista em seu canal no YouTube. Em novembro, durante a transição de governo, Olavo chegou a afirmar em seu canal que ‘se fosse convidado para ser embaixador nos EUA, não recusaria o cargo’ e que este seria o único posto que aceitaria no governo do presidente Jair Bolsonaro.
O convite não veio para Olavo. Amigo do escritor, o diplomata Nestor Forster ficou mais perto de assumir a posição depois de ter sido promovido pelo Itamaraty à primeira classe da carreira. Com a promoção, patrocinada pelo chanceler Ernesto Araújo, Forster, que já trabalha em Washington, pode assumir a embaixada. A possível indicação de Eduardo Bolsonaro agradou à deputada federal por São Paulo Carla Zambelli (PSL).
Na noite de quinta, ela publicou em seu Twitter: ‘Se aceito pelo Eduardo, ganha o Brasil, ganha os EUA de @ realDonaldTrump, ganha o planeta, com mais oportunidade de sanar os problemas de toda a Terra’.