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BRASIL & MUNDO Quinta-feira, 18 de Abril de 2019, 10:41 - A | A

Quinta-feira, 18 de Abril de 2019, 10h:41 - A | A

BOLSONARO

Pastor Marcos Feliciano pede impeachment do vice

Brasília A/E

O vice-líder do governo no Congresso, o deputado federal Pastor Marco Feliciano (Podemos-SP), entrou com um pedido de impeachment contra o vice-presidente Hamilton Mourão.

 

O pastor acusa o general da reserva de “conduta indecorosa, desonrosa e indigna” e de “conspirar” para conseguir o cargo de Jair Bolsonaro. Um dos argumentos sustentados no pedido é uma “curtida” (like) da conta de Mourão no Twitter em uma publicação da jornalista Rachel Sheherazade, do SBT. 

 

“A denúncia por crime de responsabilidade contra Mourão se deu por comportamento indecoroso em várias ocasiões. Exemplo: na medida em que ele curtiu tweet de Rachel Sheherazade, detonando com o presidente Jair Bolsonaro, o louvando como melhor opção para governar o país.” 

 

Feliciano, depois de passar os dois primeiros meses do governo afastado do governo - ele acusa o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) de dificultar o seu acesso ao presidente -, virou um dos mais verborrágicos e contundente defensor de Bolsonaro no parlamento e nas redes sociais. 

 

Em entrevista à reportagem, Feliciano afirma que todos os atos que ele faz tem o “conhecimento do presidente”, inclusive este pedido. “Falei com ele antes, durante e depois. Não há nada que eu faça aqui que o presidente não saiba”. 

 

‘Espero que o General Mourão tenha postura leal com o presidente Jair Bolsonaro. Chega de conspiração’

O pedido protocolado na terça-feira, 16, marca a conversão do pastor ao olavismo - termo utilizado para identificar os seguidores do professor Olavo de Carvalho. Na semana passada, o pastor esteve nos Estados unidos e se reuniu com o filósofo ligado à direita. Olavo tem usado suas redes sociais para atacar militares e, em especial, Mourão, o qual o acusa de ser uma “paixão mórbida” pela “mídia comunista”. 

 

Feliciano diz não ser um vice-líder que vai deixar de falar as verdades. “Um vice-líder tem de fazer isso. Quem compõe o governo tem de falar a verdade e, inclusive, mostrar problemas e blindar o presidente.

 

Comecei a ver as atitudes do Mourão. Pode até me chamar de teórico da conspiração, mas as atitudes dele mostram que havia uma conspiração de verdade acontecendo na surdina. Em 100 dias do presidente, são 100 dias de alfinetadas. 

 

O presidente fala que é contra o aborto e Mourão diz que é a favor. Vem o presidente e diz em transferir a embaixada de Israel para Jerusalém, Mourão diz que é contra. Calma aí, um vice não pode fazer isso”.