Sábado, 18 de Maio de 2024

POLÍTICA Quarta-feira, 01 de Maio de 2024, 18:21 - A | A

Quarta-feira, 01 de Maio de 2024, 18h:21 - A | A

RODA VIVA

Mauro rechaça estadualização da saúde mas aceita desafio de intervenção na Prefeitura de Cuiabá

Evelyn Siqueira/ O Bom da Notícia

‘Audiência não se pede com vídeo na internet’, afirmou o governador Mauro Mendes (UB), ao garantir durante entrevista ao programa nacional, Roda Viva, que não recebeu ‘nenhum ofício ou ligação’ do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), pedindo uma audiência pública para debater a estadualização da administração da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Cuiabá.

E ao apontar os problemas vivenciados pela capital mato-grossense, Mendes chegou a avaliar a gestão do emedebista como a ‘pior da história dos 300 anos’.

Assegurando, contudo, que como Chefe do Executivo estadual não vê problema em dialogar com Pinheiro.

“Audiência se pede com ofício ou com ligação para o chefe de gabinete e até onde eu sei este pedido não chegou lá. Segundo, o problema do prefeito de Cuiabá é que lá teve 19 operações policiais na prefeitura, ou seja, é o recordista brasileiro ou talvez mundial de operações no mandato. Todo mundo do estado sabe o que está acontecendo em Cuiabá, a cidade está atolada em dívida e em buracos. É uma gestão que eu reputo como a pior da história dos 300 anos de Cuiabá, portanto, eu tenho dificuldade, sim, em dialogar com esse tipo de político. Mas dialogo, não tem problema!”, disse.

Durante a entrevista, Mauro também comentou sobre o período de intervenção estadual na Secretaria de Saúde de Cuiabá e afirmou ser contra a estadualização da saúde na capital. Porém, não omitiu defesa de uma intervenção na gestão da prefeitura. 

“Temos que lembrar que a pedido do Ministério Público Estadual, a Justiça de Mato Grosso decretou intervenção na saúde, porque as pessoas estavam morrendo, sem remédio. Também tivemos cinco ou seis secretários presos, com escândalos atrás de escândalos. Então, coube a mim, como governador, nomear esse interventor e a partir deste momento fiquei com um pouco de responsabilidade. Portanto, administramos por 10 meses e neste período usando apenas o orçamento da prefeitura conseguimos colocar mais médicos e voltar com as cirurgias eletivas, ou seja, conseguimos colocar a saúde para funcionar. A intervenção acabou dia 31 de dezembro e a partir daí voltou o caos. Agora, estão querendo estadualizar e eu já disse que não quero. Se quiser fazer uma intervenção na prefeitura, colocamos alguém decente e honesto lá!”, ainda comentou o governador.