Alunos de escolas públicas de Mato Grosso terão as aulas suspensas até a próxima segunda-feira (13). Isso porque os diretores das unidades denunciaram a falta de repasses por parte do Governo do Estado, com relação ao estoque de materiais indispensáveis para o mantimento das atividades educacionais.
Para protestar pela demora do envio da verba, professores, alunos e diretores, entre outros funcionários, organizaram um movimento a ser realizado às 14h, em frente ao Palácio Paiaguás, em Cuiabá, para pressionar o governador Pedro Taques a regularizar o débito com as instituições, caso contrário uma paralisação poderá ser deflagrada.
Em informe, o Colegiado dos Diretores do Estado afirma que existe uma dívida de pelo menos R$ 8 milhões, referente ao Projeto Político Pedagógico (PPP) e ao Programa de Desenvolvimento da Escola (PDE). De acordo com o posicionamento das escolas, a proposta do governo foi de parcelar em 4 vezes o pagamento das verbas, porém, apenas a primeira foi cumprida, já em atraso.
Na manhã desta terça-feira (07), a secretária de Educação, Marioneide Angélica Kliemaschewsk descartou a possibilidade dos repasses serem feitos antes do próximo dia 13, em razão da priorização pelo pagamento dos salários dos servidores.
“Agora o nosso compromisso primeiro precisa ser a folha de pagamento. São 40 mil servidores que precisam receber dia 10. Então do dia 30 ao dia 10, todos os nossos esforços serão para pagar a folha”, afirmou em entrevista ao programa Tribuna, na Rádio Vila Real.
Em seu posicionamento, a secretária entende o momento de paralisação como um “processo democrático”, mas afirma que irá cobrar pelos dias não lecionados.
“O projeto de paralisação da rede nós respeitamos, é um ato democrático, sabemos que o nosso aluno hoje está perdendo e sabemos também que cabe a nós enquanto Seduc garantir os cumprimento dos 200 dias letivos. E que em determinado momento nós vamos cobrar da escola para que faça a reposição desses dias, porque é direito do aluno”, frisa.