Trabalhadores do Hospital Universitário Julio Muller, em Cuiabá, decidiram “cruzar os braços” nesta segunda-feira (19), em reação a mudança na jornada de trabalho da categoria de 30 para 40 horas semanais. O ato foi unânime e contou com o apelo de 200 trabalhadores estatuários.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-Administrativo em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso, o movimento paredista vai de encontro com a Portaria pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares que não prevê horário de descanso para o funcionário que atua 8 horas dia.
“Em nenhum hospital universitário do Brasil se têm jornada de 40 horas, por um motivo muito simples. O trabalhador que atua 8 horas diárias precisa de um intervalo de duas horas de descanso”
“Em nenhum hospital universitário do Brasil se têm jornada de 40 horas, por um motivo muito simples. O trabalhador que atua 8 horas diárias precisa de um intervalo de duas horas de descanso. Se um paciente passa mal neste período, o que acontece? Como explicar para um familiar que alguém teve seu quadro agravado, ou mesmo faleceu, porque o trabalhador estava em seu horário de almoço? Essa portaria é uma tragédia anunciada, e os trabalhadores não vão carregar este crime nas costas", destacou o coordenador geral do Sintuf-MT, Fábio Ramirez.
Nesta quarta-feira (20), a categoria irá se reunir novamente para deliberar um Conselho Universitário cobrando apoio da direção da UFMT para reivindicação.
Com isso, os serviços no HUJM serão suspensos a partir desta segunda. Porém, levando em consideração a determinação da Justiça 30% dos grevistas continuarão trabalhando para garantir atendimento hospitalar.