Liderando entre os deputados federais mato-grossenses que mais consumiram a cota parlamentar, durante os últimos três meses, a petista Rosa Neide explicou que suas despesas estão dentro de um planejamento feito no início de seu mandato e que nunca ultrapassou o teto de consumo permitido aos deputados do Estado, que é de R$ 39 mil por mês.
De fevereiro, início dos trabalhos da atual legislatura, até o último mês, Rosa Neide usou mais de R$ 72 mil. A cota é um recurso utilizado pelos deputados para custeio das despesas de mandato, como passagens aéreas, conta de celular, serviço de táxi e estacionamento, entre outros.
Ao 'O Bom da Notícia', a deputada disse que durante o tempo utilizou a verba para custear viagens aéreas e locação de carros para utilizar em Brasília e no interior do Estado.
“Desde que tomei posse até hoje, eu não fiquei um final de semana em Cuiabá, todos eu viajei para o interior para reuniões, conversar com a população, prestar contas do que estou fazendo em Brasília”, justificou.
Ela ainda usa o recurso para despesas fixas como aluguel de um escritório em Cuiabá, no valor de R$ 4 mil mês, além de despesas com água, luz, telefone, IPTU e internet.
“Eu fiz um planejamento do meu mandato e o sigo rigorosamente. Nunca gastei mais de R$ 39 mil por mês. Sempre gastei bem menos do que a cota determina”, conta a petista.
Sobre a publicação do deputado Nelson Barbudo (PSL) nas redes sociais, que comparou os gastos, ela disse que se surpreendeu com a atitude do colega, mas não se abateu com a provocação.
“Cada um tem sua ética de trabalho, a minha é cuidar do meu mandato e deixar claro e transparente para população de Mato Grosso o meu trabalho. Agora, ele faz o que quiser Cada um tem sua consciência. Não quero saber do deputado”, disse.
Rosa Neide contou ainda que representou o colega na presidência da Câmara Federal e que irá aguardar uma orientação para tomar as providências cabíveis.
Gastos
De 1° de fevereiro até o dia 30 de abril, os deputados federais mato-grossense usaram R$ 335.761,46 para gastos com atividades parlamentares. A petista Rosa Neide lidera o ranking. Durante o período, ela usou mais de R$ 72 mil, sendo o maior gasto, desse montante, foi com emissão de bilhete aéreo com R$ 21 mil, locação ou fretamento de veículos automotores com R$ 12 mil e combustíveis e lubrificantes com R$ 12 mil.
O segundo na lista é o emedebista Juarez Costa que usou mais de R$ 66 mil da verba. Locação ou fretamento de veículos (R$ 27 mil), emissão bilhete aéreo (R$ 13) e combustíveis e lubrificantes (R$ 9 mil) estão entre os itens mais gastos.
Em seguida vem o deputado Neri Geller (PP) com R$ 62 mil, sendo locação e fretamento de veículos com R$ 22 mil, divulgação da atividade parlamentar com R$ 15 mil e emissão de bilhete aéreo com R$ 10 mil entre itens que mais foram gastos. Logo após, aparece o deputado José Medeiros (Podemos) com despesas de R$ 31 mil, passagens aéreas com R$ 15 mil, combustíveis e lubrificantes com R$ 14 mil e manutenção de escritório de apoio com R$ 639,90 consumiu a maior parte do valor gasto pelo deputado.
O suplente Valtenir Pereira (MDB), que ocupa a cadeira de Carlos Bezerra, consumiu R$ 27 mil, desse montante, o maior gasto foi com divulgação da atividade parlamentar com R$ 18,9 mil, seguido de combustíveis e lubrificantes com quase R$ 3 mil e emissão de bilhete aéreo com R$ 2 mil.
O deputado Emanuel Pinheiro Neto, o Emanuelzinho, (PTB) gastou R$ 26 mil durante o período. Gastos com emissão de bilhete aéreo (R$ 8,9 mil), divulgação da atividade parlamentar (R$ 8 mil) e manutenção de escritório (R$ 3 mil) estão na lista de despesa do deputado novato. Em seguida aparece na lista Dr. Leonardo (SD) com R$ 23 mil toral de gastos.
Por último aparecem Carlos Bezerra (MDB) com R$ 14 mil, montante usado somente em fevereiro, e Nelson Barbudo (PSL) com R$ 10 mil.