As unidades de ensino de Cuiabá aderiram à paralisação nacional, nesta quarta-feira (15), contra contingenciamento de verbas destinadas para universidades e institutos federais.
Ao ‘O Bom da Notícia’, pais e responsáveis pelos alunos reclamaram que a diretoria das unidades não avisaram com antecedência que iriam aderir ao ato, e muitos foram até os locais hoje pela manhã e encontraram os portões fechados.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, das 162 unidades - entre creches, Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), escolas municipais e escolas do campo -, 19% adotaram a mobilização, 43% não aderiram e 37% não se manifestaram.
Alunos, professores e servidores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e do Instituto Federal (IFMT) realizam atos nesta quarta para orientar a população sobre os maléficos da medida para Educação.
Pela manhã, o grupo fez panfletagem na UFMT e depois concentram em um ato unificado na Praça Alencastro, em Cuiabá. As manifestações também acontecem no interior do Estado.
O diretor geral da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), Aldi Nestor de Souza, disse que o Governo Federal está tratando a Educação como uma moeda de troca para que seja aprovada a Reforma da Previdência.
“Os cortes foram anunciados no mesmo dia em que o ministro falou que se a reforma for aprovada pode ser que os cortes sejam suspensos, dando a clara noção que a educação está sendo uma moeda de troca para aprovar uma coisa mais grave”, disse.
Em Mato Grosso, o bloqueio afetará R$ 65 milhões na UFMT e IFMT, sendo R$ 34 milhões na universidade e R$ 31 milhões no instituto. As instituições de ensino disseram que não conseguiram manter os serviços essenciais como limpeza, segurança até o segundo semestre deste ano.