Vou começar com uma analogia ou melhor, um exemplo concreto para depois irmos para a sutil subjetividade do aparelho mental! Nós temos o funcionamento concreto do aparelho digestivo, do aparelho urinário, do aparelho respiratório, estes não dependem em nada de nós, agem por si mesmos de forma automática!
Nós não precisamos fazer nada para que eles trabalhem, agem totalmente de forma inconsciente para nosso bem estar! Já o aparelho mental, que é o aparelho de sofrer, lida com nossas emoções e “trabalha” o sofrimento, tem uma peculiaridade bem específica: “depende uma parte dele de nós”, exatamente por ter uma parte do seu funcionamento no automático e outra que “depende da nossa vontade”!
Exemplo: - Caso eu não queira passar por este sofrer, eu posso “lutar” contra isto e é aí que a “porca entorta o rabo”, imagine se a gente tentar impedir o estômago de fazer a digestão dele que caos viraria ou impedir o instestino de funcionar, como ficaríamos até a tampa de fezes, infezados!
Assim sendo, se temos um aparelho de sofrer (aparelho mental) então significa que a dor, a tristeza, são sentimentos naturais e genuínos e não patológicos, podemos e devemos sofre-los! Como? “Acolhendo e Sentindo a dor, a tristeza”!
Ao contrário, Se lutarmos ficaremos atolados nele, esticando este sofrer até virar doença e patologia, como a ansiedade, as insônias, os vícios e as angústias em geral, de tal ordem e com tal consequência que aí sim, necessitaremos do acompanhamento de um profissional psicólogo para trabalhar o conteúdo psicológico + um psiquiatra para a medicação!
Portanto tenha maturidade e “coragem“ para acolher e sentir seu sofrer! Normalmente o sofrimento nos ensina algo! É uma grande escola e está para nosso desenvolvimento e crescimento psíquico! Vamos partejando lugares da mente a serem desenvolvidos e que necessitam de expansão, alguns desses partos com imensas dificuldades de nascimento, mas sempre na direção de maior e melhor qualidade humana! Desejo um bom parto para vc!
Norma Melhorança CRP 06/31628 SP Especialista em Psicologia Clínica