Sexta-feira, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Domingo, 21 de Julho de 2019, 17:00 - A | A

Domingo, 21 de Julho de 2019, 17h:00 - A | A

SOBRE GREVE

'Esse cabo de guerra tem que acabar', diz Jayme Campos

Alexandra Freire - O Bom da Notícia

O senador por Mato Grosso Jayme Campos (DEM) avalia que o Executivo e os profissionais da Educação estadual precisam chegar num acordo o mais rápido possível, para colocar fim à greve da categoria que já dura quase dois meses.

 

Ainda que não tenha se furtado, em sair em defesa do governador do seu partido, Mauro Mendes, ao lembrar que o gestor democrata estaria de mãos atadas e que, assim, não poderia fazer uma proposta que não vai conseguir cumprir por conta da crise financeira que o Estado atravessa.

 

A declaração do democrata foi dada durante sessão solene do Pleno do Tribunal de Justiça, para entrega da medalha do Mérito Judiciário Desembargador José de Mesquita, ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, nesta última quinta-feira (18), .

 

O Estado está com dificuldades, dá para ver perfeitamente. Esse cabo de guerra tem que deixar de existir. Por um lado, tenho certeza, os professores sabem que o Estado passa por dificuldade, e o governador, eu imagino, está procurando fazer uma proposta que possa não ser cumprida nesse exato momento, mas cria-se aí um compromisso

Mas é preciso respeitar um gestor que em nenhuma hipótese vai emitir um cheque sem fundo, como ele mesmo tem dito reiteradas vezes. Ou seja, ele não irá fazer um compromisso, uma proposta que daqui a pouco ele não possa cumprir. Aí seria estelionato”, disse o democrata.

 

“Eu confesso que eu não conheço os números, em se tratando das finanças de Mato Grosso. Assim, não posso fazer uma afirmativa num assunto que eu não tenha conhecimento. Mas vejo a necessidade de que haja um acordo rapidamente, pois não pode nossas crianças ficarem fora da sala de aula “, completou. 


A GREVE


Os servidores da Educação reivindicam o cumprimento da Lei 510/2013, que trata sobre aumento salarial, pagamento dos salários cortados durante o período de greve e além disso, o pagamento da RGA. Em contrapartida, o governador Mauro Mendes vêm reafirmando que não pode conceder o aumento para não ultrapassar o teto estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de 49%.

 

No início do mês, os professores foram às ruas para vender balas nos sinaleiros de Cuiabá e pediram doações, numa clara resposta à queda-de-braço com governador Mauro Mendes, que vem fazendo os cortes salariais, até mesmo dos servidores que estão de licença para tratamento de saúde. Na quarta-feira (17), os profissionais se concentrarão em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MT), para pedir alimentos e doações. Com o slogan “Alimente quem te alimenta de conhecimento”, os professores pediram às pessoas alimentos não perecíveis como forma de contribuir com a manutenção de seus lares.

 

Já o chefe do Executivo estadual, Mauro Mendes, se mantém irredutível na posição de que o Estado estaria impedido, legalmente, de conceder o aumento salarial dos profissionais da Educação Pública. Segundo o Governo, é essencial o retorno aos limites de gastos com pessoal de acordo com o que estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal, ou seja, 49%, para que seja possível que os reajustes possam ser novamente concedidos. Atualmente o Estado está estourado em 59%.