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POLÍCIA Quarta-feira, 21 de Agosto de 2019, 17:35 - A | A

Quarta-feira, 21 de Agosto de 2019, 17h:35 - A | A

OUÇA ÁUDIOS

PM do interior vem a Cuiabá, paga por sexo, se arrepende e obriga prostitutas devolverem dinheiro

Rafael Medeiros

O policial militar Delcio Campanharo, 30 anos, foi conduzido pela Central de Flagrantes em Cuiabá, na noite desta terça-feira (20), após ameaçar de morte duas garotas de programa que não prestaram o serviço combinado. O suspeito trabalha em Aripuanã e estava em Cuiabá à passeio. 

 

De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada por volta das 22h30, no Paradise Motel, na Avenida Miguel Sutil, no Bairro Jardim Santa Marta. Quando a guarnição chegou os envolvidos já haviam saído. Porém, os militares conseguiram encontrar as vítimas em um posto de combustível, na Avenida Mato Grosso.

 

À polícia, elas relataram que foram lesadas e por pouco não morreram ao ter a arma do PM apontada na cabeça. Consta no documento policial que o soldado Delcio combinou um sexo a três, com uma das vítimas, porém, quando chegou no motel percebeu que uma das prostitutas não era a que havia combinado. Mas pagou o valor de R$ 600 antecipado. 

 

As vítimas contam à reportagem, que após horas de bebedeira e sexo, o homem 'surtou' e, com a arma na mão, sob ameaça e palavrões, exigiu o dinheiro de volta. O soldado, segundo as vítimas, apontou o revólver calibre 38 para uma das garotas e pegou o dinheiro. 

 

Diante das denúncias, os policiais foram até o hotel, onde ela estava, e prenderam o PM. O revólver,  com seis munições, e cerca de dois mil reais em dinheiro foram apreendidos. O militar foi encaminhado à delegacia onde foi ouvido e liberado. 

 

Procurado pelo O Bom da Notícia, o policial não atendeu nenhuma das ligações nem respondeu as mensagens enviadas. Porém, áudios enviados por uma das vítimas mostram a versão do suspeito.

 

"A propaganda que vocês fizeram não foi a mesma, só não gostei. [...] Meu dinheiro não é capim. [...] Nem coloquei arma na cabeça de ninguém, só peguei o revólver na mão. [...] Só não houve acordo, pronto e acabou!", ouça áudio.