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POLÍTICA Terça-feira, 27 de Agosto de 2019, 09:17 - A | A

Terça-feira, 27 de Agosto de 2019, 09h:17 - A | A

QUEIMADAS NA AMAZÔNIA

Macron quer criar clima ruim para o Brasil no exterior, diz Mendes

Marcio Camilo - O Bom da Notícia

O governador Mauro Mendes (DEM) acredita que o presidente da França, Emmanuel Macron, ao alertar sobre as queimadas na Amazônia, na verdade pretende manchar a imagem do Brasil no exterior para prejudicar os produtos do agronegócio e beneficiar os produtores franceses, que disputam o mercado europeu com os brasileiros. A avaliação foi feita em entrevista à Folha de S. Paulo, publicada nesta terça-feira (27).

Quando ele [Macron] fala em defender o ambiente, está na verdade tentando criar um clima ruim para o Brasil para defender os produtores franceses


Mendes disse que "entrou em pânico" quando Macron informou pelas redes sociais de que iria convocar uma reunião do G7 - que reúne os sete países mais industrializados do mundo - para discutir as queimadas na floresta amazônica, além de cogitar possíveis sanções econômicas ao país, caso o governo brasileiro não tomasse uma atitude mais enérgica para conter o problema.

 

"Fiquei em pânico. O nosso estado tem grande relação de venda de produtos com os mercados internacionais. Por Mato Grosso ser o maior produtor brasileiro de commodities agrícolas e mais da metade do que produzimos ir para exportações, dependemos da boa imagem e da boa relação do país com esses mercados", disse à Folha.

 

Ao ser questionado como via a intenção do presidente francês em defender a Amazônia no G7, Mendes disse que Macron está tentando criar um clima ruim para Brasil e que os interesses são outros.

 

"Temos que reconhecer que a França e os produtores rurais franceses são grandes competidores do Brasil no agronegócio nos mercados europeus. Quando ele [Macron] fala em defender o ambiente, está na verdade tentando criar um clima ruim para o Brasil para defender os produtores franceses", ressaltou o democrata.

 

Mato Grosso lidera os focos de incêndio no país neste ano, conforme os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

 

De janeiro até 25 de agosto, o Estado tinha 15.252 pontos de incêndio - um crescimento de 95% em relação ao mesmo período do ano passado.

Leia a entrevista na íntegra