O governador Mauro Mendes defendeu a exploração da riqueza das terras indígenas em Mato Grosso durante a reunião com o presidente Bolsonaro, na manhã desta terça-feira (27), em Brasília, junto com os demais governadores da Amazônia Legal, para debater ações integradas de combate ao desmatamento e aos incêndios florestais.
“ Para tirar essa riqueza nós podemos afetar de 2% a 5% dessas áreas, não mais do que isso”
Mendes disse que a intenção não é tirar terra de índio, mas que os recursos naturais precisam ser explorados para trazer desenvolvimento econômico ao Estado, e dessa forma ajudar no combate à pobreza no Estado.
“Não queremos tirar terra de índio não. Nós queremos a riqueza que lá estão. Para tirar essa riqueza nós podemos afetar de 2% a 5% dessas áreas, não mais do que isso. Então é hora presidente, sob a sua liderança e coragem, e competência da sua equipe, nós botarmos o dedo nessa ferida”, ressaltou o democrata.
Ressaltando que há décadas ouve dizer sobre as riquezas, mas que até agora ninguém foi capaz “de fazer absolutamente nada para mudar isso”, no sentido de reverter essa riqueza para o desenvolvimento econômico do país.
Incêndio e desmatamento na Amazônia
Durante a reunião com Bolsonaro, e demais governador da região amazônica, Mendes defendeu parcerias para combater o desmatamento ilegal da floresta e também que os recursos para o combate aos incêndios florestais sejam compartilhados com os Estados.
Lembrou que Mato Grosso foi um dos únicos Estados que diminuíram o desmatamento no período 2018-2019, com redução de 17%, se comparado ao período 2017-2018.
“Precisamos combater o desmatamento ilegal, porque temos a certeza de que ninguém aqui coaduna com a atividade ilegal”, afirmou.
Na avaliação do governador, o compartilhamento dos recursos se faz necessário por serem os Estados os conhecedores da realidade local, o que facilitaria o trabalho das equipes na contenção e eliminação dos focos e também no combate aos incêndios.
Mauro Mendes reforçou a necessidade de construção de uma comunicação eficiente sobre o país, tanto interna, como externamente.
“Precisamos ter foco e aperfeiçoar a comunicação com o Brasil e com o mundo”, disse, se referindo aos assuntos relacionados ao meio ambiente, principalmente pelo país depender do agronegócio e do comércio com outras nações.
Os governadores da Amazônia Legal entregaram ao presidente o plano estratégico realizado pelos chefes de Estado para o desenvolvimento da região (com informações da assessoria).